Escândalo Gugu-PCC
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em 7 de setembro de 2003 o programa Domingo Legal, do SBT, apresentado por Gugu Liberato, foi palco de um grande escândalo do jornalismo nacional ao exibir uma entrevista com dois supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), dentro de um ônibus, por um repórter do Programa do Ratinho.
Os dois supostos bandidos fizeram ameaças ao vice-prefeito de São Paulo Hélio Bicudo e a três apresentadores de programas policiais: José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes; Marcelo Rezende, que ancorava o antigo Repórter Cidadão da RedeTV!; e o comentarista de futebol (então no Cidade Alerta da Rede Record) Oscar Roberto Godói. Os supostos integrantes do PCC também assumiram a tentativa de seqüestro do padre Marcelo Rossi, fato ocorrido uma semana antes.
No dia seguinte, a polícia, o Ministério Público, os apresentadores e o vice-prefeito pediram investigações sobre os supostos integrantes do PCC. Nos dias seguintes intensifica-se a impressão de que tudo teria sido uma farsa, até que um comunicado do PCC, divulgado pela imprensa na mesma semana, nega ter ameaçado apresentadores e o vice-prefeito, dizendo que dois homens não eram do grupo.
Em 15 de setembro, ao ser entrevistado por Hebe Camargo, Gugu reafirma que o vídeo do PCC é verdadeiro. Porém, no dia 17, a polícia conclui que o vídeo havia sido falsificado, com a identificação dos falsos membros do PCC e o envolvimento da produção do Domingo Legal, por ter contratado um certo Barney para recrutar os dois homens que eram da camada "classe baixa da sociedade". A produção improvisou dentro do ônibus a entrevista que, segundo ex-funcionários do SBT e a polícia, foi feita no estacionamento da emissora. Barney acusou a produção e Gugu de serem mentores da fraude para prejudicá-lo. Como consequência, é tirado do ar por uma semana o Domingo Legal no dia 21, sendo substituído pelo Programa do Ratinho.
Entre outubro a dezembro os envolvidos, inclusive Gugu, foram depor na delegacia por causa dessa fraude. Gugu, sua produção e o SBT foram processados várias vezes (por apresentadores, pelo vice-prefeito e pela Comissão de Ética Jornalística). O escândalo prejudicou a imagem do SBT, tanto por telespectadores como por anunciantes da emissora. Isso levou também ao declínio do Domingo Legal e, conseqüentemente, elevou a audiência do Domingão do Faustão e do recém-lançado Pânico na TV da Rede TV!. Até hoje o processo contra o SBT tramita na justiça.