Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord
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Primeiro-ministro de França | |
Mandato: | 9 de Julho de 1815
até 26 de Setembro de 1815 |
Precedido por: | |
Sucedido por: | Duque de Richelieu |
Data de nascimento: | 2 de Fevereiro de 1754 |
Local de nascimento: | Paris |
Data da morte: | 17 de Maio de 1838 |
Local da morte: | Paris |
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, mais conhecido por Talleyrand, (2 de fevereiro de 1754, Paris - 17 de maio de 1838, Paris) foi um político e diplomata francês.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão, durante a restauração da monarquia dos Bourbons e sob o rei Luís Filipe. De descendência aristocrática não pôde seguir a carreira militar por causa de um defeito físico, e, opcionalmente, foi preparado para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a obra dos filósofos progressistas contemporâneos. Expulso do seminário (1775) por seguir as regras do celibatário, mesmo assim recebeu as ordens menores e o rei o nomeou abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado (1779), foi nomeado vigário geral pelo tio Alexandre, arcebispo de Reims e, um ano depois, tornou-se agente geral do clero junto ao governo da França. Defensor dos privilégios eclesiásticos, suas atividades o puseram em contato direto e freqüente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu adquirir experiência parlamentar e ser consagrado (1788) como bispo de Autun. Durante o período revolucionário apoiou a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a reorganização completa da igreja francesa em bases democráticas. Excomungado pelo papa e, eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a igreja. Foi enviado pela Assembléia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e no ano seguinte tornou-se ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799) foi demitido, mas após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado, recuperou o cargo. Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular uma política de alianças com as principais potências européias e promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo o czar Alexandre I da Rússia, organizou oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons. Com a entrada da liga antinapoleônica em Paris (1814), persuadiu o Senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em [[termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia a maior parte da margem esquerda do Reno. Após os cem dias napoleônicos, assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém seu passado revolucionário levou-o a ser demitido em setembro do mesmo ano. Aliado aos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal (1834). Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi ao lado de Fouché uma das figuras mais polêmicas da França.
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Precedido por: - |
Primeiro-ministro da França 1815 - 1815 |
Sucedido por: Duque de Richelieu |
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