Cassiano Ricardo
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Cassiano Ricardo Leite (São José dos Campos, 26 de julho de 1895 — Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1974) foi um jornalista, poeta e ensaísta brasileiro.
Representante do modernismo de tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos Verde-Amarelo, Anta e foi o fundador do grupo da Bandeira. Pertenceu às academias paulista e brasileira de letras.
Formou-se em direito no Rio de Janeiro, em 1917. Rumando para São Paulo, trabalhou como jornalista em diversas publicações, e chegou a fundar alguns jornais. Aproximou-se de Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, à época da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1924 fundou A Novíssima, revista modernista. Em 1928 publica sua grande obra, Martim Cererê, experiência modernista que se coloca lado a lado com Macunaíma (de Mário de Andrade) e Cobra Norato (de Raul Bopp).
Afastando-se das idéias de Plínio Salgado, que por essa época já começavam a descaracterizar-se com nacionais e pareciam-se mais com imitações imperfeitas de dogmas nazistas, Cassiano Ricardo funda com Menotti del Picchia o grupo da Bandeira, em 1937. Neste ano ainda foi eleito para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sendo o segundo modernista aceito na instituição (o primeiro havia sido Guilherme de Almeida, que foi encarregado de recebê-lo).
Em 1950 foi eleito presidente do Clube da Poesia de São Paulo, e entre 1953 e 1954 foi chefe do Escritório Comercial do Brasil em Paris, vindo a ocupar outros cargos públicos nos anos seguintes.
Sua obra passa por diversos momentos; inicialmente apresenta-se presa ao Parnasianismo e ao Simbolismo. Com a fase modernista, explora temas nacionalistas e depois restringe-se mais, louvando a epopéia bandeirante. Por fim detém-se em temas mais intimistas, cotidianos
[editar] Obras
- Dentro da noite (1915)
- A flauta de Pã (1917)
- Jardim das Hespérides (1920)
- A mentirosa de olhos verdes (1924)
- Vamos caçar papagaios (1926)
- Borrões de verde e amarelo (1927)
- Martim Cererê (1928)
- Deixa estar, jacaré (1931)
- Canções da minha ternura (1930)
- Marcha para Oeste (1940)
- O sangue das horas (1943)
- Um dia depois do outro (1947)
- Poemas murais (1950)
- A face perdida (1950)
- O arranha-céu de vidro (1956)
- João Torto e a fábula (1956)
- Poesias completas (1957)
- Montanha russa (1960)
- A difícil manhã (1960)
- Jeremias sem-chorar (1964)
- Os sobrebiventes (1971)
Plínio Salgado... não descambou para imitações imperfeitas de dogmas nazistas... isto é mentira