Carlos Aboim Inglez
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Carlos Aboim Inglez (5 de Janeiro de 1930 - Lisboa, 13 de Fevereiro de 2002) foi um intelectual comunista português, militante e dirigente do PCP. Entrou no partido apenas com 16 anos, em 1946. Preocupou-se, nos últimos anos de vida, sobre o tema da globalização, sob uma perspectiva marxista, articulando-a com a noção de fases na mundialização do capitalismo e a noção de imperialismo.
Desde 1953 (com 23 anos) que se tornou funcionário do PCP, o que significava, nessa altura, e durante mais de duas décadas ainda, passar à clandestinidade. Esteve preso durante o regime do Estado Novo (altura em que tentou traduzir a "Fenomenologia do Espírito" de Hegel - tendo ficado pela "Introdução"). Poeta, mostrou grande interesse pela poesia portuguesa, como se nota no facto de incluir várias notas sobre poesia no jornal comunista "Avante!", como a respeito de Sá de Miranda, Camões ou Gil Vicente. Interessava-o as relações entre o pensamento materialista e a controvérsia medieval entre o realismo e nominalismo.
Quando morreu, pediu para ser cremado ao som do Coro dos Escravos da Ópera Nabucco, de Verdi.
[editar] Referências bibliográficas
- GUSMÃO, Manuel. Um intelectual comunista in Avante!, 21 de Fevereiro de 2002
- Parlamento Europeu - acesso a 14 de Março de 2006