Bradicinina
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Bradicinina é uma hormona polipéptidea do grupo das Cininas com actividade fisiológica natural no ser humano.
O péptido kallidin difere em apenas um aminoácido, mas é fisiologica e farmacologicamente idêntico.
Índice |
[editar] Estrutura Química
A sequência de aminoácidos é: arg - pro - pro - gly - phe - ser - pro - phe - arg. A sua fórmula empírica é C50H73N15O11.
[editar] Síntese e Degradação
O sistema enzimático das cininas, nomeadamente a kallikrein sintetiza a bradicinina por clivagem proteolítica do seu precursor, o cininogenio de alto peso molecular.
A sua degradação é feita pelas enzimas Cininases, das quais a Cininase I é sinónimo da Enzima conversora da angiotensina.
[editar] Acção
A bradicinina é um vasodilatador poderoso e permeabilizador da parede dos vasos, e contrai o tecido múscular liso noutras localizações também. A bradicinina contrai o músculo bronquial em alguns mamiferos, mas mais lentamente que a histamina, daí seu nome (Bradi=lentamente)
Em terminações nervosas sensiveis ela causa activação das vias da dor, sendo uma das causas da dor em qualquer processo inflamatório. Este efeito é potenciado por determinadas prostaglandinas.
Há dois receptores, B1 e B2. O B1 só é expresso após danos tecidulares ou após produção da citocina interleucina-1 e terá papel principal na dor crónica. O B2 é expresso normalmente em algumas células, como as do músculo liso, sendo responsável por esse efeito. A sua acção a nivel dos vasos é devida em parte à produção de prostaglandinas e óxido nitrico (NO) que desencadeia.
[editar] Fisiologia
A bradicinina é um mediador da inflamação. A sua atividade vasodilatadora e permeabilizadora facilita a migração dos leucócitos para o tecido afetado a partir do sangue. Tem um importante papel na iniciação e manutenção da dor. Julga-se que terá um papel também na regulação da excreção de diversas glândulas em situações não patológicas.
[editar] História
Este importante mediador foi descoberto por três farmacologistas brasileiros, Gastão Rosenfeld e Wilson Beraldo, liderados por Maurício Rocha e Silva, do Instituto de Biologia de São Paulo, no ano de 1948.
A actividade hipotensora da bradicinina foi demonstrada no sangue de animais inoculados com o veneno da serpente Bothrops jararaca, em estudos de toxicologia de veneno de serpentes.