Batiman
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Batiman (ou Bátiman), "Feira da Fruta" ou "Filme do Batiman" é como ficou popularmente conhecida uma paródia amadora do episódio Um adversário à altura de um medonho bandido do antigo seriado televisivo Batman e Robin, redublado por Antônio Camano e Fernando Pettinati - dois jovens brasileiros que moravam no mesmo edifício e estudavam juntos no tradicional Colegio Dante Alighieri- em 1981, utilizando-se dos primeiros video-cassetes VHS a entrar no país. A redublagem, repleta de palavras de baixo calão, foi feita de uma só vez, tendo como trilha sonora a música Feira da Fruta, do Grupo Capote. Tal redublagem tem um certo script identificável, porém com correções na base do improviso feitas com palavrões. A qualidade humorística, para quem não se ofende com palavrões, é notável, sendo que são poucas as pessoas que não se divertem com o vídeo editado.
- Nome da versão original: "Batiman: Um adversário à altura de um medonho bandido"
- Duração: 21 minutos
- Personagens principais: Batiman (Adam West), Robin "O Dick" ou "O Viadinho" (Burt Ward / Glaudecir) e Coringa "O Palhaço" (Cesar Romero)
- Data da criação: 1981
- Local de criação: São Paulo
- Diretores: Antônio Camano e Fernando Pettinati
- Prêmios: Atração especial na mostra de cinema da Unicamp em 2005
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[editar] Enredo/Sinopse
A história em si, com todas as falas alteradas, obviamente conta com uma drástica mudança de rumo em relação à trama original, além de sua trilha sonora, que hoje é famosa justamente por fazer parte do episódio em questão.
O episódio modificado exibe Coringa desejando arrancar as partes íntimas de Batiman durante todo o filme, sendo que o capítulo se inicia com o vilão quase conseguindo o objetivo, sendo barrado pelos policiais que chegam. Durante o filme, Robin deseja a vilã Clotilde, a Tia do Batiman deseja o vilão Coringa e descobre-se, no final, que Batiman é eunuco.
Existem ramificações da história também, como a investigação das relações da mãe e da mulher do comissário com o açougueiro acometido por forte blenorragia e as brigas de Batiman e Robin. Muitas vezes a história perde o sentido natural e muda completamente de assunto, caracterizando por completo como uma obra de humor trash.
[editar] Personagens
[editar] Feira da Fruta
- Batiman - Pederasta perseguidor de malfeitores. Possível praticante de pedofilia. Eunuco e peidorrento.
- Robin - Aprendiz no combate ao crime, menor de idade. Aparentemente bissexual. Durante o filme, sugere-se que ele oferece favores sexuais em troca da tutela de Batiman. Teme ser mandado para o colégio interno. Em determinado momento da trama, Batiman cita que Robin deseja ser sodomizado por todos os presentes.
- Clotilde - Suposta garota-de-programa, animadora de torcida, ninfomaníaca. Armada e perigosa.
- Coringa - O Joker, o Palhaço. Durante o filme, nota-se que se trata de um vilão preocupado com o avanço da idade e que sofre de impotência sexual crônica, possivelmente em virtude do vício em charutos havanos.
- Capanga 1 - Um homem muito cansado, alega ter como obrigação a prática diária de sexo anal no covil do Coringa, chamado de "Casa do Caralho".
- Capanga 2 - Encarregado do telefone da "Casa do Caralho", vítima constante das fanfarronices de seu pândego patrão, o Coringa. Consumidor de produto fumígeno à base de Cannabis sativa.
- Tia do Batiman - Senhora impudica, praticante inveterada de bacanais (costuma usar a mansão de seu sobrinho como local para suas atividades). Deseja ser possuída pelo vilão Coringa.
- Comissário Gordon - Vítima de adultério, filho de uma mulher despudorada.
- Chefe O'Hara - Braço direito do Comissário. Nenhum traço marcante de sua personalidade surge no episódio "Feira da Fruta", além de sua predileção por palavras de baixo calão.
- Jogadores de basquete - Um conjunto de apreciadores de orgias, aparentemente péssimos em seu esporte e negligentes com o treinamento.
[editar] Objetos, itens e artefatos do filme
- Lico de Cair Pinto - Substância química de composição desconhecida cujo odor ou contato direto com a glande provoca atrofia, necrose e a queda do órgão reprodutor masculino. Em mulheres, os efeitos aparentemente não passam de desmaios.
- Bat-escudo - Escudo de proteção contra projéteis em geral. Apesar de possuir uma superfície de tamanho próximo ao de um torso humano adulto, o bat-escudo é dobrável, permitindo seu fácil armazenamento e transporte no reto do usuário.
- O Documento - Pedaço de papel que, numa primeira impressão, revela que o Batiman é homossexual. Uma análise mais cuidadosa, entretanto, mostra que o documento não possui valor legal algum, a não ser provar que o Coringa, possível criador d'O Documento, é um filha da puta.
- Jukebox - Máquina sinistra de música alterada pelo Coringa para que, ao invés de tocar músicas selecionadas pelo usuário ao se depositar uma moeda, seja acionado um fuzil (provavelmente modelo Springfield de 1903) controlado remotamente pelo Coringa.
- Charuto Havano - Artefato manejado e distribuído pelo Coringa para o Capanga 2. Contém um pequeno explosivo em seu interior, com a única finalidade aparente de assustar o fumante e levantar a moral do Coringa.
- A Fita - Unidade de armazenamento magnética. Importantíssimo artefato através do qual, Batiman revela ao Comissário Gordon que sua esposa e sua mãe não somente recebem compensação financeira em troca de seus serviços sexuais, mas que também entre seus clientes está um açougueiro portador de abundante gonorréia.
- A Camisinha - Aparato de formato cilíndrico, tal qual uma biruta, feito de látex, com a qual Batiman, na calada da noite, se protegerá quanto a possíveis DST's, como Cancro Mole, Cancro Duro, Crista de Galo, Sífilis, etc... quando do coito com seu fiel escudeiro, Robin, além de evitar uma possível concepção intra-anal com seu parceiro.
- O Cigarro - Oferecido a Robin pelo capanga do Coringa quando o primeiro adentrou o bar disfarçado de homossexual, este item foi equivocadamente interpretado por Robin como sendo um cigarro de maconha, do qual o menino-prodígio é consumidor voraz. Apesar de cigarros de tabaco e de maconha serem facilmente discerníveis, erro é perfeitamente compreensível, pois o capanga de acordo com Robin aparentava ser um usuário assíduo da droga ("maconheiro").
- Slot Machine - Alegria dos viciados em jogos de azar, geralmente presente em cassinos, bingos, e botecos de suburbio, este artefato é astutamente utilizado pelo Coringa como uma cadeira elétrica móvel de 50KV, para a eletrocução do paladino da justiça e seu fiel escudeiro, caso três limões seja o resultado do jogo em questão.
[editar] Distribuição Nacional
Embora o vídeo original tenha desaparecido em meados da década de 1980, o episódio redublado ressurgiu após sofrer uma lenta difusão através da distribuição de cópias em VHS, e explodiu ao ser digitalizado e disponibilizado pela Internet e sua dinâmica e ágil logística em 2003, internacionalizando este episódio, onde ficou conhecido por vários nomes, como: O Filme do Batiman (também referido como "Bátima" ou também "Bátema" - em homenagem à forma que o Chefe O'Hara fala), Batiman Feira da Fruta e Batiman Dublado. Desde então, o vídeo se espalhou vertiginosamente pela rede, conquistando uma legião incontável de fãs e inclusive contando com várias comunidades no Orkut.
[editar] Reconhecimento
O filme foi mostrado como "atração especial" em diversos eventos, sendo digno de nota um ocorrido no primeiro semestre de 2005: uma exibição com a presença de Camano e Pettinati, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), contando com a presença de uma das bandas da Universidade tocando a música tema do filme, "Feira da Fruta", e com a encenação de algumas falas ao vivo pelos diretores/dubladores. Hoje, milhões de internautas já assistiram ao vídeo ou até mesmo fazem o download do arquivo, popularizando cada vez mais o famoso filme redublado que vem ganhando novos adeptos a cada dia.
[editar] Outros Episódios
Circulam na internet, também, outros dois episódios que foram alterados, entitulados Ministério da Bigodagem e Uma Empreitada Bucaneira, cujas redublagens foram feitas em 2004, por Diego Tebaldi, Mauro Fantini e Paulo Renato Sutti, e que, se não possuem a mesma fama do episódio Feira da Fruta (que por méritos é o grande clássico) possuem uma produção mais elaborada, ainda que mantenham os efeitos toscos e improvisados, feitos com ajuda de PCs e 23 anos a mais de tecnologia. O uso de palavrões manteve-se alto nestas duas novas edições e os autores admitem que a intenção era dar continuidade ao trabalho inicial, como uma homenagem. Como destaque, existe um personagem chamado Shiro, que se gaba constantemente do tamanho do seu pênis. Com o sucesso do primeiro Batiman, outros vídeos famosos ganharam redublagens, como Star Wars e a batalha em busca dos headphones de Darth Vader e Star Trek V, a fronteira final e a escalada de Kirk em direção a um vaso sanitário no topo da montanha.
[editar] Curiosidades
- A palavra "puta" é pronunciada 67 vezes durante o filme todo. E não estamos falando da semideusa grega de mesmo nome!!!
- Nota-se que as falas do Coringa estão de acordo com seus gestos, em perfeita coordenação.
- É um típico episódio em que o vilão fica mais célebre que o herói.
- Uma das personagens destacadas simplesmente não atua no episódio. Trata-se da tia do Batiman, que deseja manter relações sexuais com o Coringa.
- Contradições apimentam o episódio, aumentando ainda mais o humor, como por exemplo o plano de Batiman de disfarçar Robin de mulher do Coringa, que nunca acontece: em vez disso, Robin entra num boteco vestido de James Dean falsificado. Outra contradição está nas preferências sexuais dos personagens, que ora são homossexuais ("Eu quero mesmo é o Batiman!"), ora heterossexuais ("Uhhhh!!! Vou c... a Tia do Batiman!!!").
[editar] Vocabulário
O filme cita algumas gírias da época, que passaram a ser usadas novamente por vários "internautas" que a ele assistiram:
- P... paga - Mulher que faz o mesmo que uma prostituta, mas sem cobranças: Já está "paga".
- P...inha relaxada - Prostituta de baixo custo e igualmente baixa "qualidade".
- Baile dos enxutos - Festa carnavalesca onde as pessoas se travestem do sexo oposto: Homens vão vestidos de mulheres e vice versa.
- Pilão (citada na letra da "Feira da Fruta") - Quantidade razoável de "pila" (dinheiro).
- Peidorrento - Pessoa que expele muitas flatulências. Nos anos 90s, a versão passa a ser "peidorreiro".
Nota: para a época, xingar alguém de "maconheiro" estava na moda e era algo muito grave. Nota: a pronúncia da palavra "Porra" no filme é "póra", comum nos anos 80
[editar] Frases famosas
- Curinga: "E, por falar em palhaço, que horas são hein?"
[editar] Ver também
- Batman
- Joker
- Gotham City
- Baile dos Enxutos
- Dublagem
- Humor
- Video-cassete
- Comics
- Heróis
- Morcego
- Morango com chocolate
- Comissário
- Jukebox
- Camburão
- Grupo Capote
- Feira da Fruta
[editar] Ligações externas
- Página "Jornalista de M...", fonte da quase totalidade deste verbete;
- Atalho alternativo para o "Jornalista de M...";
- Versão Completa do Filme em WMV - 83.7 MB;
- Versão Completa do Filme na página YouTube - Flash;
- Versão Compacta em WMV - 500 KB (somente a "cena do Comissário").
- Entrevista com Antonio Camano
- Três videos e mais atalhos para Star Wars e Star Trek V