Astúrias
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Astúrias Principado de Asturias, Principado de Asturias |
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Bandeira e escudo de Astúrias |
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Hino | Asturias, Patria querida | ||
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Capital | Oviedo | ||
Área |
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Gentílico | asturiano, -a | ||
Províncias | Esta região constitui simultaneamente uma província e comunidade autónoma. | ||
Idioma oficial | Castelhano | ||
Festividade | |||
Estatuto de Autonomia | 11 de Janeiro de 1982 | ||
ISO 3166-2 | ES-O | ||
Representação parlamentar |
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Presidente | Vicente Álvarez Areces (PSOE) | ||
Governo do Principado de Astúrias | |||
O Principado de Astúrias (castelhano Principado de Asturias e asturiano Principáu d'Asturies) é uma comunidade autônoma e uma província de Espanha. O príncipe de Astúrias é um título atribuído ao herdeiro do trono de Espanha.
Índice |
[editar] Geografia
Situa-se junto ao Mar Cantábrico, na vertente norte da cordilheira Cantábrica. A sua costa é muito escarpada e recortada, formando praias, rias e cabos. Os rios são pouco extensos, mas de águas rápidas. Uma das áreas mais elevadas desta região corresponde aos Picos da Europa, que atingem os 2600 metros de altitude, e onde existe um parque natural. As suas principais cidades são Oviedo, capital da província, Gijón, Avilés, Langreo e Mieres onde se concentra a maior parte da população, contrastando com as áreas de "vazio humano" que correspondem às regiões montanhosas.
[editar] Demografia
1800 | 1900 | 1910 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 |
350.000 | 627.069 | 685.131 | 743.726 | 791.855 | 836.642 | 888.149 | 989.344 | 1.045.635 | 1.127.007 |
[editar] História
Ocupada por grupos humanos desde o Paleolítico Inferior, durante o superior Astúrias caracterizou-se pelas pinturas rupestres do oriente da Comunidade. No mesolítico desenvolveu-se uma cultural origina, o asturiense; a seguir introduziu-se a Idade de Bronze, caracterizada pelos megalitos e túmulos. Na Idade de Ferro, o território esteve submetido à influência cultural celta. O povo celta dos ástures compreendia tribos como os lugones, pésicos, etc., que povoaram todo o território ástur de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os toponimios de rios e montanhas, como nomes de populações.
A conquista romana entre 29 e 19 d.C. fez Astúrias "entrar" na História.
Depois de vários séculos sem presença estrangeira, os suevos e visigodos tentaram ocupar o território no século VI, que terminaria a princípios do século VIII com a invasão muçulmana. O território, como tinha sucedido com Roma e Toledo, não foi fácil de submeter, se estabelecendo em 722 uma independência de facto como Reino de Astúrias. A monarquia asturiana daria passo no século X ao Reino de Leão. Durante os séculos medievales, o isolamento propiciado pela cordillera cantábrica faz que as referências históricas sejam escassas. Depois das rebelião do filho de Enrique II de Trastámara, estabelece-se o Principado de Astúrias. Se teve várias tentativas de independência, os mais conhecidos foram o conde Gonzalu Pelaiz ou a rainha Urraca (a asturiana), que ainda conseguindo importantes vitórias ao final foram derrotados pelas tropas castelhanas.
No século XVI o território atingiu pela primeira vez os cem mil habitantes, número que se duplicou com a chegada do maíz americano no século seguinte.
O 8 de maio de 1808, a Junta Geral do Principado de Astúrias declara a guerra a França e proclama-se soberana, criando exército próprio e enviando embaixadores ao estrangeiro, sendo o primeiro organismo oficial de Espanha em dar esse passo. O 1 de janeiro de 1820, o oficial Rafael de Riego se subleva em Cádiz proclamando a Constituição de 1812.
A partir de 1830 começa a exploração do carvão, iniciando a revolução industrial na comunidade. Mais tarde estabelecer-se-ia a indústria siderúrgica e naval.
O 6 de outubro de 1934 começou uma rebelião na cuenca mineira provocada porque os revolucionários não admitiram a entrada da CEDA na governação. A Revolução de 1934 teve a Astúrias por palco principal.
Durante a revolução de 1934, protagonizada pelos mineiros das Cuencas (expecialmente na La Felguera e Sama),a zona fica assolada em boa parte: resultam incendiados, entre outros edifícios, o da Universidade, cuja biblioteca guardava fundos bibliográficos de extraordinário valor que não se puderam recuperar, ou o teatro Campoamor. A Câmara Santa na Catedral, por sua vez, foi dinamitada.
A Guerra Civil produziu a divisão de Astúrias em dois bandos desde o 18 de julho, O 25 de agosto de 1937 proclama-se em Gijón o Conselho Soberano de Astúrias e León presidido pelo dirigente sindical e socialista Belarmino Tomás, terminando o conflito o 20 de outubro de 1937. Depois de vinte anos de estancamento económico, produziu-se a definitiva industrialização de Astúrias.
Fortemente afectado pela reconversão industrial da década de 1990, o Principado tenta actualmente potenciar o seu paisagem e recursos naturais com vistas ao turismo.
[editar] Gastronomía
Tem elementos que a emparentam com a cozinha galega, normanda e bretã. O prato mais conhecido é a fabada, potente guisado feito com favas, uma variedade de feijão branco, acompanhadas por chouriço, morcela, lacón, e toucinho. Isto se serve à parte e se conhece com o nome de compango. Ademais destaca-se a variedade de pescados frescos e mariscos do Cantábrico e a qualidade de sua carne de novilho e de boi. Existem mais de cem variedades diferentes de excelentes queijos artesãos, dos que o de Cabrales é o mais popular. Se prefere-se uma sobremesa postre doce, o mais tradicional é o arroz com leite e as casadielles (um tipo de empanadas recheadas de uma mistura de frutos secos como noz, amêndoa ou avelã, previamente triturados, misturados com açúcar e regado por anís) bem fritas ou ao forno. A bebida asturiana por excelência é a sidra.
[editar] Ver também
- Reino das Astúrias
- Lista de reis das Astúrias
- Lista de municípios das Astúrias
- Imagens do Astúrias, Naturaleza, Fauna e flora