Aníbal Pereira dos Reis
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Aníbal Pereira dos Reis (9 de março de 1924-30 de maio de 1991) foi ex-padre católico, teólogo e pastor batista. Personalidade polêmica, é aclamado como herói para evangélicos conservadores, herege e apóstata para católicos e radical para evangélicos mais ecumênicos.
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[editar] Biografia
Aníbal Pereira dos Reis nasceu em São Joaquim da Barra, no Estado de São Paulo, filho de Manoel Pereira dos Reis e Emília Basso Reis e foi criado naquela cidade. Foi ordenado em 1949 em Montes Claros, Minas Gerais, após ter feito estudos eclesiásticos na Faculdade Teológica da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo.
Em Montes Claros foi professor de literatura e de matemática em um colégio católico e dirigiu obras sociais. Também fundou o jornal A Tribuna do Norte. Em 1952 foi transferido para o Recife onde prosseguiu com trabalhos sociais e entre as igreja, onde também fez um curso de neuro-psiquiatria. Foi também pároco em Guaratinguetá e Orlândia.
Em 1961 começou a duvidar de doutrinas católicas e se afastoudo catolicismo romano. Em 30 de maio de 1965 fez sua profissão de fé em uma Igreja Batista e foi batizado. Na década de 1970, foi ordenado pastor batista e saiu como pregador itinerante.
Foi também Membro da Academia Evangélica de Letras, da Associação Brasileira de Cultura e da União Brasileira de Escritores.
Escreveu aproximadamente 40 livros, nos quais criticava principalmente o ecumenismo e o catolicismo.
[editar] Polêmicas
Aníbal era uma pessoa polêmica. Era um fervoroso crítico de sua antiga religião, chegando a dedicar cerca de 85% de seus escritos a refutar as doutrinas católica.
Um dos episódios mais conhecidos foi a carta do Cardeal Agnelo Rossi a Dom Paulo Evaristo Arns na qual discute quais seriam as melhores estratégias de silenciá-lo. A carta foi publicada no periódico oficial da Convenção Batista Brasileira, O Jornal Batista de 19 de Janeiro de 1972. Em 7 de fevereiro do mesmo ano, o Cardeal Rossi enviou uma carta dizendo que a carta sobre Aníbal fora forjada, argumentando sobre o nome errado da Congregação no cabeçalho da folha, o estilo da assinatura que era anacrônico, o escudo de Paulo VI, ao invés da congregação de Rossi, e falta do protocolo, sem o qual ela não poderia ser expedida para São Paulo (embora tenha-se registros de que foi autenticada: "Firma reconhecida no Cartório do 1º Ofício de Notas - São Paulo e autenticada no 25º Cartório de Notas - Tabelião Milani em 15/12/71") eram provas de que a carta fora forjada. Dom Estevão Bettencourt OSB também escreveu um artigo sobre isso ("Cardeal Rossi e Pastor Aníbal Pereira dos Reis", Revista Pergunte & Responderemos, nº 440, jan./1999, pp. 27-31). Reconhecendo a legitimidade do pedido de retratação do Cardeal,em 5 de março de 1972, O Jornal Batista o fez com mesmo destaque dado à matéria original.
Outro alvo de críticas era o ecumenismo entre católicos e evangélicos, o que lhe valeu a nomeação de radical por alguns setores ecumênicos do protestantismo. Um episódio que ilustra isso foi quando estava comprando livros em São Paulo e foi chamado de "radical". No periódico Jornal Presbiteriano Bíblico Fundamentalista de Maio de 1985, pg. 7, Dr. Aníbal se defende:
- Radical, que é um vocábulo relacionado com a raiz, quer dizer fundamental, e secundariamente significa inflexível. Neste último sentido é hoje de uso mais amplo no linguajar cotidiano. Radical ou inflexível é a pessoa que não cede ou não é maleável. Nesta acepção é muitas vezes o termo tomado de um sentido acentuadamente pejorativo ou depreciativo. Os acomodados, os quebra-luzes, os quarto-minguantes, os basbaques, os aproveitadores picham as pessoas sérias com o apodo: É radical. 1
[editar] Principais livros escritos
- Este padre escapou das garras do Papa (autobiografia)
- A Senhora Aparecida
- A Senhora de Fátima
- Os cursilhos da Cristandade por dentro
- Serão boas todas as religiões
- Pedro nunca foi Papa
- Milagres e curas divinas
- Torturas e torturados
- O número 666 de Apocalipse 13.18
[editar] Ligações externas
- A Senhora Aparecida. Livro escrito por Aníbal em 1974, disponível on-line.
- O que dizer das acusações do ex-padre Aníbal Pereira dos Reis? Artigo católico escrito para refutar as acusações de Aníbal, defender a doutrina católica e mostrar a falsificação da carta. Nota-se que cita Francisco Almeida de Araújo que, segundo os católicos, era pastor e virou católico. Essa é outra polêmica, pois, segundo um artigo do CACP [1], é uma história forjada.
- História de Montes Claros com breve citação de Aníbal Pereira dos Reis.