A oeste nada de novo
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A Oeste Nada de Novo é o título dado em Portugal (no Brasil, Nada de Novo no Front) para o romance do escritor alemão Erich Maria Remarque (1898-1970), um veterano da Primeira Guerra Mundial, sobre os horrores daquela guerra e também a profunda indiferença da vida civil alemã sentida por muitos homens que retornavam das frentes de batalha. O livro foi primeiro publicado na Alemanha como Im Westen nichts Neues em janeiro de 1929. Ele vendeu um milhão de cópias em menos de um ano na Alemanha e mais outro milhão no exterior. Em 1930 o livro se transformou em filme ganhador do Oscar com o mesmo título, dirigido por Lewis Milestone. As frases: "A oeste nada de novo" (em Portugal) e "Nada de novo no front" (no Brasil) se tornaram gíria popular para se referir a uma ausência total de ação (em referência a falsa guerra na Frente Ocidental da Segunda Guerra Mundial).
[editar] Resumo
A prosa narra as experiências de Paul Bäumer: um soldado que se alistou nas Forças Armadas Germânicas pouco depois do início da Primeira Guerra Mundial. Ele chegou à frente de combate do oeste com os seus amigos (Tjaden, Müller, entre outras personagens) e conheceu Stanislaus Katczinsky, conhecido por Kat. Este tornou-se desde logo mentor de Paul e deu-lhe os ensinamentos sobre o “quotidiano” da guerra. Paul e Kat rapidamente se tornaram quase irmãos.
Paul e os camaradas tinham que resistir a bombardeamentos constantes. Passados uns tempos ele concluiu que a guerra não tinha lógica nenhuma. Todos os seus amigos diziam que estavam a lutar por algumas pessoas que nunca conheceram e que provavelmente nunca conheceriam (ministros, generais e classes altas). Esses eram os únicos que ganhavam alguma coisa com a guerra, não eles.
A obra foca-se em estórias de bravura, tal como muitos outras, mas esta dá-nos uma visão mais realista das dificuldades que os soldados viviam. A monotonia, o fogo de artilharia constante, a ânsia de encontrar comida e a linha ténue existente entre a vida e a morte são aspectos descritos em detalhe.
Paul recebeu uma classificação de reserva temporária, e por isso voltou temporariamente a casa. Aí ele não conseguiu entender os civis. Enquanto que os soldados da frente de combate não desejavam mais nada para além do fim da guerra (sabendo que a estavam a perder), as pessoas em casa imaginavam a marcha triunfal em Paris. Ele também era indiferente ao nome das batalhas. Essas nem tinham nome, apenas representavam mais uma oportunidade para o matarem. Para ele, as batalhas só serviam apenas para conquistar pequenos e inúteis pedaços de terra, nada mais.