Éowyn
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Dentro das obras de fantasia criadas por J.R.R. Tolkien, Éowyn é sobrinha do rei Théoden de Rohan, filha de Théodwyn e Éomund, e irmã de Éomer. Apaixonou-se por Aragorn e sob o pseudônimo de Dernhelm cavalgou para a Batalha do Pelennor, onde destruiu, com a ajuda de Meriadoc, o poderoso Senhor dos Nazgûl, rei-bruxo de Angmar. Ficou conhecida na posterioridade como "Senhora do Braço do Escudo".
No início da Quarta Era casou-se com Faramir, príncipe de Ithilien e Regente de Gondor.
[editar] História
Éowyn nasceu em 2995 da Terceira Era do Sol, no reino de Rohan, filha de Theodwyn, a amada e única irmã do Rei Théoden, e de Éomund, um dos grandes Marechais da Terra dos Cavaleiros. Éowyn também era a irmã mais nova de Éomer, que viria a tornar-se o Terceiro Marechal da Terra dos Cavaleiros e Rei de Rohan. O pai de Éowyn odiava os orcs com tal força que, mesmo entre os Rohirrim, que por natureza repudiavam-nos, a sua aversão era considerada fenomenal. Sempre que podia, saía para caçá-los pelas planícies de Rohan e raras vezes voltava para casa sem ter conseguido chacinar um grupo de orcs. Em 3002 da Terceira Era Éomund atacou um grupo de orcs que atravessa as suas terras e, devido à sua fúria, fez o ataque com poucos homens e muito longe de qualquer ajuda possível. Isto conduziu-o a uma armadilha, na qual foi morto.
A sua mãe, Theodwyn, tão chocada e abalada ficou com a notícia da morte de Éomund que morreu pouco depois. Assim, com os pais mortos e sem um destino certo no mundo, Éowyn foi levada para junto de Théoden e desse dia em diante ela e seu irmão passaram a viver sob a proteção do Rei no Palácio de Meduseld. Théoden não fazia distinção entre Éowyn e Éomer e tratava-os como se fossem os seus próprios filhos, mas amava Éowyn de maneira especial, e ela em pouco tempo aprendeu a amá-lo como a seu pai. O filho do Rei, Théodred, na época com 24 anos, recebeu bem os seus primos e tratou-os como irmãos mais novos, tendo nascido uma grande amizade eles. Todavia ao crescer num ambiente tão masculino e tão militarizado quando Meduseld, Éowyn foi levada a crer que uma mulher poderia montar a cavalo e brandir uma espada tão bem quando um homem, fato que nunca escondeu de ninguém.
Ao longo dos anos, Éowyn estava sempre ao lado do Rei Théoden e assistiu com tristeza cada vez maior à decadência física e mental do Rei e à cada vez maior influência que Gríma tinha sobre ele. O homem forte e orgulhoso que ela amava como um pai estava cada vez mais fraco, e isso entristecia-a e fazia nascer em si um ódio secreto, mas forte, contra os maus conselhos de Gríma, que ela via como o principal responsável pela decadência de Théoden.
Quando Gandalf veio a Edoras em 3018 da Terceira Era do Sol Éowyn tinha poucas esperanças de que algo iria mudar. Mas Gandalf curou o Rei de sua apatia, e lhe mostrou como o mundo caminhava a passos largos para a guerra contra Mordor. Théoden mandou que o exército dos Rohirrim fosse preparado, e deu a Regência do Reino de Rohan para Éowyn, e nisso demonstrou mais amor por ela do que em qualquer outro gesto, pois nunca antes uma mulher havia ocupado o posto de Regente em Rohan. O rei Théoden e o exército de Rohan foram para a fortaleza de Helm esperar o ataque dos orcs. Éowyn nada teve a ver com essa batalha, pois estava ajudando o povo de Rohan a se esconder dos orcs. Todavia, os exércitos do oeste foram vitoriosos e os orcs dizimados.
Após essa batalha, Aragorn, Gimli e Legolas partem para o Caminho dos Mortos. Neste ponto Éowyn já estava apaixonada por Aragorn, e quando Éowyn soube que ele desejava usar tal caminho tentou dissuadi-lo de todas as formas, mas foi inútil, e então implorou para os acompanhar, o que também lhe foi negado. Éowyn sentia-se esquecida numa guerra de homens, onde ela mesma também queria sua parcela de glória.
Pouco depois, o Rei ordenou novamente a Éowyn que fosse a Regente e protegesse o povo durante sua ausência. Mas ela não seria deixada para trás uma terceira vez e, secretamente, vestida como um homem, Éowyn cavalgou com o exército de Rohan em direção a cidade cercada de Minas Tirith. Quando o exército de Rohan atacou as hordas de orcs, Éowyn estava entre eles, e lutou com bravura (mas anonimamente) até o momento que o Rei foi abatido. Um Nazgûl atacou Théoden quando Éowyn se pôs entre eles. Este Nazgûl riu de sua valentia, já que pensava tratar-se de um homem, mas quando Éowyn tirou seu capacete e revelou seu mulher, irrompeu em fúria e medo, pois uma antiga tradição diria que ele nunca poderia ser morto pela mão de um homem, e Éowyn não era um homem.
Éowyn matou o Nazgûl, mas caiu vítima do hálito negro e ficou às portas da morte. Na verdade, tão mau era o seu estado que os Rohirrim pensavam mesmo que ela havia morrido e só quando estava sendo levada para dentro de Minas Tirith é que perceberam que estava viva. Lá, Éowyn foi levada para as casas de cura, mas continuou a piorar, pois além de ter sido seriamente ferida, ela não tinha razão alguma para viver, já que não desejava voltar para Rohan e viver aprisionada em Meduseld sem ter o amor de Aragorn.
Foi Aragorn quem salvou a vida de Éowyn nas casas de cura. Ela, a princípio, pouca gratidão sentiu por isso, pois estava novamente presa num palácio sem poder sair para a guerra, e assistiu melancolicamente a partida dos exércitos do oeste para o Portão Negro de Mordor, a Morannon. Porém, enquanto ela observava a partida dos exércitos e entrava em depressão pela estadia em Minas Tirith, era observada por outros olhos. Estes eram de Faramir, Regente de Minas Tirith, que em pouco tempo apaixonou-se por Éowyn ainda nas casas de cura. Com o tempo ele soube curar o seu coração e despertar nela novamente o desejo pela vida, e Éowyn sentiu a sombra se afastar para sempre de seu coração.
Após a Guerra do Anel Éowyn e Faramir casaram-se. Em 3019 ela era conhecida no Reino de Gondor como “Senhora Branca de Rohan”, e passou a viver nas colinas de Emyn Arwen. Éowyn viveu como Princesa de Ithilien e amiga do Rei Elessar de Gondor. Não existem registros da sua morte ou de filhos que possa ter tido.