Yves Klein
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Yves Klein nasce em Nice, França, em 1928. Em 1944 iniciou os estudos na École Nationale de la Marine Marchande e na École Nationale des Langues Orientales em Nice. Apenas em 1947 trava amizade com Claude Pascal e Arman, e nesse ano começa a pintar. Neste ano também começa a praticar judo.
Em 1950 vai para Londres trabalhar no atelier de Robert Savage. Viaja também à Irlanda com Claude Pascal. Realiza a sua primeira exposição na sua própria casa, apresentando as suas primeiras monocromias aos amigos.
Em 1952 parte para o Japão para estudar judo no Instituto Kodokan em Tóquio, onde obtém o cinturão negro, quarto dan. Realiza mais uma exposição particular das suas monocromias.
Em 1954 regressa à Europa e obtém o cargo de director técnico da Federação Espanhola de Judo de Madrid. Realiza nova exposição particular, ocasião para a qual publica também um livro intitulado "Yves Peintures", com prefácio de Claude Pascal.
Em 1955 Klein apresenta uma obra monocromática laranaja para expor no Salón des Réalités Nouvelles, que é recusada. Trava conhecimento nesse mesmo ano com vários artistas do grupo do "nouveau réalisme", nomeadamente Pierre Restany, Tinguely, Raysse e César.
1957 é o ano que marca a sua ascensão artística. Inicia nesta altura os trabalhos no seu azul ultramarino de marca, que baptiza de International Klein Blue (IKB). Realiza exposições em Galerias de Paris, Londres, Dusseldorf e Milão com as suas "Propostas Monocromáticas".
Desde essa data realiza na sua carreira cerca de uma dúzia de exposições individuais em Paris, Nova Iorque, Los Angeles e Milão.
Em 1957 realiza a exposição "Le Vide", na Galerie Iris Clert de Paris, onde a galeria se encontrava vazia, e os vidros desta tinham sido cobertos de IKB. Yves Klein pretendia através da utilização contínua do pigmento IKB na cobertura de objectos variados uma "expansão infinita do universo" e desta forma obter uma resolução da problemática da arte.
Um tema central da sua obra é o vazio, ou o esvaziamento, tema que ele foi retirar ao pensamento oriental que tanto estudou, através da monocromia, para uma limpeza de todas as influências exteriores, como forma de obtenção de um maior nível de união entre corpo e mente, por sua vez para uma experimentação da sensibilidade pura (Klein afirmava que a cor era a sensibilidade transformada em matéria, matéria na sua forma primária).
Klein realizou também várias performances de grande relevância dentro da sua temática de eleição, entre elas a performance de antropometrias onde utilizou corpos de mulheres como "pincéis vivos", e o famoso "Salto no Vazio", onde "aparentemente" o artista saltou de uma janela de um segundo andar para a calçada.
Em 1962, no mesmo ano em que se casa, falece de um ataque de coração, após ter sofrido outros dois no espaço de alguns dias.
