Tibouchina
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Tibouchina | ||||||||||||
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Tibouchina semidecandra |
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Classificação científica | ||||||||||||
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Espécies | ||||||||||||
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O gênero Tibouchina pertence à família Melastomataceae. Espécies de árvores do gênero Tibouchina (quaresmeiras, jacatirão ou manacás) têm notável valor ornamental e, como pioneiras, em atividades de restauração ambiental em florestas do Sul e do Sudeste do Brasil. Sua propagação por sementes, embora abundante na natureza, encontra dificuldades em viveiros comerciais, o que enseja estudos de biologia reprodutiva.
Várias espécies de Melastomataceae apresentam mudanças de cor em suas flores, porém as mais notáveis estão entre espécies do gênero Tibouchina, onde as flores mudam de branco para lilás durante o período de antese. Aparentemente, esta mudança de cor atua como um aviso às abelhas para estas não visitarem flores já velhas. Mas a persistência das pétalas nas flores não mais receptivas confere um colorido intenso às plantas, atuando na sinalização aos polinizadores a longa distância.
[editar] T. pulchra
Tibouchina pulchra (Cham.) Cogn. (Melastomataceae), conhecida popularmente como jacatirão ou manacá-da-serra, é uma espécie nativa da Mata Atlântica que se destaca por apresentar flores muito vistosas, de coloração que pode variar desde flores brancas a violetas. Os flavonóides, entre eles as flavonas, os flavonóis e as antocianinas são responsáveis pela gradação de cores nas flores, frutos, folhas, e raízes.
Um aspecto intrigante relacionado à coloração das flores de Tibouchina é o papel ecológico desempenhado por esses pigmentos na relação com seus polinizadores, podendo-se diferenciar quatro estágios de gradação de cores nas flores. Os estágios iniciais (botão e após antese) apresentam coloração branca com bordas ligeiramente violeta, enquanto que os estágios posteriores se caracterizam por uma gradação da cor violeta.
A T. pulchra é arbórea, nativa, pioneira e está distribuída por toda a região de estudo, sendo importante na definição da fisionomia e estrutura da vegetação; por ser uma espécie dominante dessa formação, T. pulchra pode ser considerada uma boa representante da floresta Atlântica para biomonitoramento ambiental, permitindo a transferência dos resultados obtidos para a vegetação natural.
[editar] T. sellowiana
Tibouchina sellowiana, também conhecida como quaresmeira ocorre na Floresta Ombrófila Densa atlântica em vários Estados e, no Paraná, adentra na borda da Floresta Ombrófila Mista. Esta espécie possui flores que não apresentam néctar aos visitantes, oferecendo como recurso apenas o pólen, que é explorado por abelhas através da vibração das anteras, processo conhecido como buzz pollination. Suas folhas e pétalas são menores que as da T. pulchra, e suas flores possuem a mesma característica de mudar de cor após a polinização, sendo que as flores novas são brancas e as velhas, arroxeadas ou lilases.