Teatro alla Scala
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O Teatro alla Scala (ou La Scala), em Milão, Itália, é uma das mais famosas casas de ópera.
O Teatro Scala foi construído por determinação da imperatriz Maria Teresa da Áustria, para substituir o Teatro Regio Ducale, destruído por um incêndio em 1776, devendo seu nome à igreja de Santa Maria alla Scala que antes se erguia no local.
Obra do arquiteto neoclássico Giuseppe Piermarini, foi inaugurado em 3 agosto 1778 com a opera de Antonio Salieri, L'Europa riconosciuta, com libreto de Mattia Verazi.
Inicialmente se apresentaram uma série de óperas cômicas napolitanas cujos principais compositores foram Giovanni Paisiello (1740-1816) e Domenico Cimarosa (1749-1801). Entre as numerosas óperas cita-se La Frascatana (1780), Il barbiere di Siviglia (1786) e Nina, ossia pazza per amore (1804) de Paisiello, L'italiana in Londra (1780) e Il matrimonio segreto (1793) de Cimarosa.
Com o advento de Rossini em 1812 (La pietra del paragone), o Scala tornou-se o centro do melodrama italiano. O repertório rossiniano até 1825 compreende: Il turco in Italia, La Cenerentola, Il barbiere di Siviglia, La donna del lago, Otello, Tancredi, Semiramide, Mosé. Uma nova estação do melodrama ocorre entre 1822 e 1825 com Chiara e Serafina de Gaetano Donizetti (1797-1848) e Il pirata di Vincenzo Bellini (1801-1835). As óperas de Donizetti no Scala serão: Anna Bolena, Lucrezia Borgia, Torquato Tasso, La figlia del reggimento, La favorita, Linda di Chamounix, Don Pasquale e Poliuto. De Bellini seguem) I Capuleti e i Montecchi, Norma, La sonnambula, Beatrice di Tenda e I puritani.
Em 1839 a ópera Oberto, conte di San Bonifacio inaugura o ciclo de óperas de Giuseppe Verdi (1813-1901). Depois do fracasso de Un giorno di regno, em 1842 foi apresentado Nabucco, seu primeiro triunfo, seguido de I Lombardi alla prima crociata e Giovanna d'Arco, quando o compositor rompe com o teatro, só retornando em 1869, com Forza del destino. Em 1872 , Aida, em 1874 Verdi rege seu Requiem, em 1881 Simon Boccanegra. Em 1887 e 1893, o Scala apresenta Otello e Falstaff, as duas últimas obras primas do maestro com libreto de Arrigo Boito (1842-1918).
Toscanini assume a direção da regência, introduzindo as operas de Richard Wagner e concertos de música sinfônica.
Giacomo Puccini (1858-1924) surge em 1885 com Le Villi e depois, Manon Lescaut, Madama Butterfly, La fanciulla del West. Em 1926, sob Toscanini, Turandot, a ópera definitiva do compositor. Cavalleria rusticana em 1891, introduz Pietro Mascagni (1863-1945), seguidas de várias outras (Iris, Parisina, Le maschere). Apresentam-se também Ruggero Leoncavallo (1857-1919), Francesco Cilea (1866-1950) e Umberto Giordano (1867-1948). Em 1906, Salomè de Richard Strauss é uma reviravolta na música operística e uma abertura aos compositores estrangeiros. Seguem-se Igor Stravinski, Claude Debussy, Ferruccio Busoni, Ildebrando Pizzetti, Riccardo Zandonai, Ottorino Respighi. O novo diretor artístico é Tullio Serafin (1878-1968),
Em 1943 o Scala sofre grandes danos em virtude de um bombardeio. Reaberto em 11 maio 1946 sob a regência de Toscanini, o teatro retoma sua glória. Entre os regentes mais famosos destacam-se Wilhelm Furtwängler, Herbert von Karajan, Dimitri Mitropoulos, Bruno Walter. Os interpretes são Maria Callas, Renata Tebaldi, Giuseppe Di Stefano, Mario Del Monaco, Tito Gobbi, Fiorenza Cossotto, Franco Corelli, Birgit Nilsson, Margot Fonteyn, Serge Lifar, Maja Plissetskaja, Rudolf Nureyev.
Agora os compositores são Sergei Prokofiev, Benjamin Britten, Alban Berg (Wozzeck, 1952), George Gershwin, Francis Poulenc (Dialoghi delle Carmelitane, 1957), Ferruccio Busoni, Arnold Schönberg (Mosè e Aronne, 1961), Dmitrij Sostakovič (Katerina Ismailova, 1964), Luigi Dallapiccola (Volo di notte, 1963), Kurt Weill (Ascesa e caduta della città di Mahagonny, 1964), Paul Hindemith (Cardillac, 1964). Os maestros mais importantes, a partir de 1965, são Giacomo Manzoni, Claudio Abbado e Riccardo Muti.