Segurança Pública
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SEGURANÇA PÚBLICA O termo acima deve-se muito mais à visão que o usuario dos serviços públicos tem do Estado do que a impressão policial que é transmitido. Segurança Pública é o usuario, o cidadão que acredita que o serviço público é prestado com seriedade, logo o termo é muito mais do que policial como interpretavamos a tempos passados. Hoje esse termo esta extendido aos demais meios públicos, onde as pessoas em geral senten-se seguras ou não com os serviços públicos, vejamos que a tributação é de 40 % sobre o Produto Interno Bruto isso para que o Estado dê: Saúde Pública, Educação Pública, Vias e Rodovias Públicas, Administração Pública, etc. A Segurança Pública é o cidadão sentir-se seguro com a coisa pública, acreditar na seriedade da administração dos recursos públicos. Segurança Pública deixou a muito tempo de ser a Policia Pública. Segurança Pública é sentir-se protegido pelo poder público, e como exemplo é pagar durante uma vida a previdência social para receber uma aposentadoria digna quando não mais puder colaborar, nao só com seus recursos, mais tambem com sua força física para o trabalho e para pagar impostos em função de seu consumo maior da juventude. ISSO É SEGURANÇA PÚBLICA. TEMOS SEGURANÇA PÚBLICA?
(1998)
A PM E O MARKETING “Se as pessoas à sua volta não o ouvirem, ajoelhe-se diante delas e peça perdão, porque na verdade, a culpa é sua” FIODOR DOSTOIÉVISKI
Esse é o dilema das Polícias Civil e Militar brasileiras. Não estamos conseguindo ser ouvidos pela sociedade. E só agora começamos a utilizar o marketing, como instrumento eficaz de segurança pública. O primeiro passo é saber o que a comunidade quer. De nada adianta oferecermos o melhor “sabonete” do mundo se o nosso público quer mesmo é “creme dental”. Aqui no Distrito Federal, estamos recorrendo à UNB para sabermos o perfil do policial militar que todos desejam, por meio de uma ampla pesquisa. Além disso, estão sendo formados conselhos comunitários de segurança, onde representantes de todas as áreas nos ajudam a estabelecer as prioridades do policiamento. A nossa proposta é a da criação de comissões, com representantes de organismos governamentais, organizações não – governamentais e outras entidades civis e comunitárias. A idéia é fazer com que essas comissões tenham voz ativa na política de comando. É uma forma de abrir a PM e legitimar a natureza dos serviços prestados à comunidade. Chegou a hora da sociedade civil participar da definição das políticas e objetivos da instituição.
Afinal, como disse Abrahan Lincoln , “ninguém consegue triunfar se a opinião pública está em seu desfavor. Com a opinião pública a seu lado, ninguém é derrotado” . O nosso problema é que, somos uma instituição vulnerável exposta a toda sorte de interesses conflitantes. E muitas vezes servimos de “vitrine” para “pedras” que chegam de todas os lados. E para isso é necessário mudar o comportamento organizacional da corporação e do policial de rua, a partir de uma verdadeira revolução na atual estratégia de ensino. O objetivo é adequar os currículos dos cursos de formação à nova realidade do país. A PMDF hoje já tenta trabalhar melhor o seu produto. Existe todo um esforço neste sentido. Hoje procuramos neutralizar os fatores antagônicos da corporação, tanto de ordem institucional quanto de emprego, através do entrosamento constante com a sociedade. Durante muito tempo, nos pautamos muito mais pela manutenção da ordem pública do que pela segurança pública. Em 1995, foi feita uma pesquisa de opinião. Foram ouvidas mais de oitocentas pessoas, de acordo com três parâmetros principais: renda, escolaridade e faixa etária. O resultado revelou que a Polícia Militar não estava atendendo plenamente os anseios da população. Não estávamos utilizando o marketing no planejamento de nossas ações e serviços. Hoje, precisamos que os conceitos de segurança pública, serviço público, entre outros, sejam tratados fora dos quartéis, nas ruas, junto com a comunidade a que atendemos. Só assim poderemos melhorar nossa imagem. A descoberta dos reais anseios da comunidade deve estar na Ordem do Dia de todos os quartéis de Tiradentes.
Atualmente, é cada vez maior a ampliação do conceito de segurança e tranqüilidade pública. O que todo cidadão de bem deseja e tem esse direito é poder levar uma vida feliz, com sua família. O nome disso é qualidade de vida. É preciso avaliá-la constantemente, se não queremos perdê-la. Daí a importância das pesquisas e do marketing, como instrumento de segurança pública. Se as pesquisas indicarem que a prevenção da criminalidade não está bem, é sinal de que devemos redimensionar o nosso produto. Não estamos produzindo o que a sociedade espera de nós.
Vale lembrar o “papa” da Administração Peter Drucker, para quem o marketing é tão básico que não pode ser considerado como uma função isolada. É o negócio todo visto do ponto de vista do resultado final, isto é, do cliente. E quem é o cliente das Polícias Militares? A sociedade é claro. Por isso, todo esse redirecionamento que estamos fazendo em nossos órgãos de formação. Hoje os princípios que devem nortear a formação, aperfeiçoamento, reciclagem e adestramento dos nossos policiais militares devem atender ao nosso maior público alvo, isto é, a sociedade. Participam de nossos cursos melhores professores das Universidades de Brasília. As palavras chaves hoje em dia são parceria e criatividade. Novas soluções precisam ser oferecidas para antigos problemas. A cultura institucional de antes está sendo substituída pela mudança no comportamento organizacional da corporação.
JOÃO COELHO VÍTOLA – Coronel QOPMDF R/R
jvitola@globo.com – 61 – 9971 7599 – 3382 3701
27 de Janeiro de 2006
