Sabina Spielrein

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Sabina Spielrein (Rostov, 1885 – 1942) foi uma das primeiras mulheres psicanalistas do mundo. Russa, de uma família de mercadores judeus, foi assassinada em 1942 por soldados nazistas na mesma cidade onde nasceu. Ela casou-se com Pavel Scheftel, um médico russo de descendência judia. Os dois tiveram duas filhas: Renate, nascida em 1912 e Eva, nascida em 1924. Ambas morreram junto com a sua mãe em 1942. Scheftel foi morto no Grande Terror (política repressiva orquestrada por Josef Stalin), em 1936.

Entre 1904 e 1905, Spielrein esteve internada no hospital Burghölzli em Zurique, onde trabalhava Carl Gustav Jung. Entre 1904 e 1911, ela estabeleceu uma forte relação afetiva com C. G. Jung e mais tarde, após Spielrein sair do hospital e começar a estudar medicina, Jung foi o seu mentor de dissertação, e até mesmo o seu próprio trabalho adquiriu certa influência de Spielrein. Ela graduou-se em 1911, defendendo uma dissertação sobre um caso de esquizofrenia. No mesmo ano, ela foi aceita como membro da Sociedade de Psicanálise de Viena.

Em 1923, Spielrein retornou para a União Soviética e junto com Vera Schmidt, criou um jardim de infância em Moscou para as crianças, sendo todas as paredes e as mobílias de cor branca, o que deu o apelido ao lugar de “White Nursery”. A instituição tinha como principal finalidade, o rápido amadurecimento crítico e analítico das crianças. O "White Nursery" foi fechado três anos depois por autoridades soviéticas sob a justificativa de que o local provia práticas de perversões sexuais para as crianças. Um fato interessante foi que o próprio Stalin matriculou o seu filho, Vasily, no "White Nursery", mas com um nome falso.

Um documentário Ich hieß Sabina Spielrein (Meu nome era Sabina Spielrein), foi feito em 2002 pela diretora sueca Elisabeth Marton e foi lançado nos Estados Unidos no final de 2005. Também foi feito um filme pelo cineasta Roberto Faenza, o Prendimi l’anima, ou Jornada da alma no Brasil, com Emilia Fox como Spielrein e Iain Glen como Carl Gustav Jung.