Pinheiros (bairro de São Paulo)
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Pinheiros é um bairro da cidade de São Paulo, localizado no distrito de Pinheiros, na zona oeste. Fica às margens do Rio Pinheiros. É um dos bairros mais antigos da cidade, e atualmente um de seus sub-centros.
[editar] História
Logo depois a fundação de São Paulo, a Vila dos Farrapos era habitada por indígenas que haviam abandonado as áreas mais próximas do centro após a instalação dos jesuítas. Em 1562, indígenas ocuparam pela primeira vez essa região e a denominaram Nossa Senhora dos Pinheiros. Apesar de que muitos duvidem ter havido pinheiros nessa região, em 1584 foi baixado um decreto pela Câmara que previa multa de 500 réis para quem cortasse qualquer árvore do bosque dos pinheiros da rua São José, atual rua Paes Leme. No início do século XX, a região foi colonizada e batizada de Sítio do Rio Verde.
O bairro também já foi conhecido por Risca Faca, e era uma região barra pesada lotada de campinhos de futebol, botecos e gente mal encarada. Em 1924, só se chegava ao local a cavalo ou a pé. Naquela época, a Vila Madalena contava com cerca de 10 casas de alvenaria e o restante eram barracos.
A eletricidade por lá apareceu apenas em 1928, quando o bairro não passava de um pequeno amontoado de casas. Somente na década de 50, as ruas de terra começaram a ceder lugar ao asfalto. A Vila foi ganhando, em seu arruamento, os contornos de um bairro planejado. Antes disso, a existência do Cemitério de São Paulo movimentou a região, integrando-a à rotina da cidade.
Na década de 1960, o bairro passou a abrigar a população de estudantes, funcionários e professores da então recém inaugurada Cidade Universitária da USP.
No centro do bairro há um local importante desde o início do século XX que ficou conhecido como Largo da Batata, ponto de trocas comerciais.
Grandes quantidades de animais vindos do interior passavam pela atual Av. Diógenes Ribeiro de Lima, então conhecida como Estrada da Boiada, para posteriormente atravessar o bairro em uma das únicas pontes do rio Pinheiros em direção do antigo abatedouro municipal de Osasco.
Imigrantes japoneses e italianos se fixaram na região, e na década de 1930, foi construída a primeira igreja anglicana da comunidade japonesa na cidade.
Na década de 1990, durante a prefeitura de Paulo Maluf, houve um processo de desapropriação para a ligação das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Pedroso de Morais. Formou-se à época a Associação Pinheiros Vivo, organizada por moradores do bairro com a intenção de barrar o projeto da prefeitura na Câmara Municipal.
Com a conclusão das obras de extensão da Av. Faria Lima, o Largo da Batata perdeu completamente sua feição original sem no entanto resolver seus problemas de deterioração e deixando de ser um Largo, ou praça.
Um dos novos referenciais do bairro é o conjunto de edifícios do Instituto Tomie Ohtake, assim designado em homenagem à artista plástica de origem japonesa Tomie Ohtake, tendo sido projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake.
Em breve terá uma estação de metrô no Largo da Batata.