Palácio das Necessidades
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Antigo convento da Congregação do Oratório, o Palácio das Necessidades, situado na Rua Largo do Rilvas, em Lisboa.
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[editar] Origem
O Palácio foi construído no século XVIII, por ordem do Rei D.João V, na sequência de um voto daquele monarca feito a Nossa Senhora das Necessidades (cuja ermida se erguia neste local).
[editar] Residência oficial da Família Real
O Palácio tornou-se, após a expulsão das ordens religiosas, em 1834, residência dos reis da Dinastia de Bragança a partir de D. Maria II (excepção feita ao seu filho D. Luís I, que preferiu o Palácio da Ajuda). D.Fernando de Saxe Coburgo, marido de D.Maria II, residiu neste palácio até à sua morte, nele reunindo uma grande colecção de arte, que viria a ser dispersa após o seu falecimento.O palácio teve então várias campanhas obras, fruto do gosto dos vários monarcas que nele residiram, a última das quais levada a cabo já no início do século XX, por vontade do Rei D.Carlos, que mandou ampliar a sala de jantar, devido à ampla actividade diplomática por ele empreendida.
As Necessidades foram o palco de alguns acontecimentos importantes da história portuguesa, como é exemplo a célebre caixa que o rei D.Pedro V mandou instalar à porta e onde todos podiam deixar as suas queixas e mensagens ao soberano. O último grande acontecimento (que viria também a ser o epílogo da Monarquia, foi o funeral do Rei D.Carlos e do Príncipe D.Luís Filipe, em 8 de Fevereiro de 1908. Em 4 de Outubro de 1910, o Palácio, devido à sua condição de residência oficial do rei, foi bombardeado por um dos navios estacionados no Tejo, afectos às forças republicanas, o Adamastor. O bombardeamento causou ainda alguns estragos no Palácio, tendo mesmo uma das granadas atingido os aposentos do Rei, que se refugiou num pavilhão da tapada das Necessidades. Valeu então ao edifício a prudência de um empregado do palácio, que cortou o mastro onde flutuava o pavilhão real, levando os republicanos a pensar que o jovem monarca tinha abandonado a sua residência. No entanto, D.Manuel II só deixou as Necessidades horas depois, refugiando-se em Mafra, cessando assim a missão de residência régia deste edifício. Muitas obras de arte que se encontravam no Palácio e que eram bens privados de D.Manuel II seguiram depois para a sua residência de exílio, em Londres.
[editar] Ministério dos Negócios Estrangeiros
Após a proclamação da república, em 5 de Outubro de 1910, tornou-se a sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), função que continua a desempenhar até hoje, sendo grande parte das colecções reais transferidas para o museu do Palácio da Ajuda. Ainda hoje a referência às Necessidades é sinónimo de política externa em Portugal.