Mercado Central de Belo Horizonte
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O Mercado Central, anteriormente denominado Mercado Municipal de Belo Horizonte, pertence à Prefeitura da cidade e foi criado em 07 de setembro de 1929, pelo então prefeito Cristiano Machado. Seu galpão ocupa um quarteirão inteiro do Centro de Belo Horizonte, na avenida Augusto de Lima.
[editar] História
Cristiano Machado fundou o Mercado em 1929. Na época, o Mercado era um campo aberto, com barracas simples.
Juntamente com alguns comerciantes, seu administrador, na época o Sr. Alcides Régis, promoveu a 1ª comemoração da Páscoa dos Comerciantes em 20 de junho de 1954.
Era um movimento pioneiro e, para celebrá-lo, foi designado pela Diocese um padre da Igreja São José. Como o Mercado ainda não havia sido construído e não existia um espaço próprio para as comemorações, estas eram realizadas no átrio e nas escadarias da Secretaria de Saúde, hoje Minas Centro.
O movimento cresceu e envolveu os comerciantes, seus familiares e amigos. Em agradecimento à Virgem de Fátima por uma graça alcançada, uma comerciante de frutas e verduras e freqüentadora dos festejos de Páscoa do Mercado, a portuguesa Sra. Maria da Conceição Morais, doou uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, em 1972, que passou a ser a padroeira do Mercado. A imagem, na época da páscoa, era exposta à visitação dos devotos.
Em 1964, o Mercado Municipal foi Comprado pelos comerciantes, que fundaram uma Cooperativa e deram inicio à reconstrução do estabelecimento, que passou a se chamar Mercado Central Abastecimento e Serviços S/C de Belo Horizonte. O local recebeu a pavimentação de ruas internas, cobertura metálica, reforma e/ou reconstrução das barracas e edificação de um outro pavimento - o estacionamento para automóveis.
Durante a reforma, foi construída uma Capela para abrigar a imagem da Virgem de Fátima. Em 1972, o presidente do Mercado, Sr. Olímpio Marteleto e alguns comerciantes solicitaram ao Bispo Dom João de Rezende Costa o reconhecimento da Capela, construída no estacionamento do Mercado. Ainda nesse ano, foi celebrada, por Dom João e Padre Antônio Gonçalves, a Missa Inaugural. O padre foi designado pela Cúria Metropolitana de Belo Horizonte para capelão e esteve à frente dos trabalhos até o ano de 1979.
Em 16 de julho de 1979, durante as comemorações dos 50 anos do Mercado, foi comemorada a 25ª Páscoa dos Comerciantes do Mercado Central e a cerimônia contou com a presença de Dom João Rezende Costa, que oficializou a celebração.
Já em 1980, Pe. Antônio solicitou sua dispensa de suas atribuições sacerdotais no Mercado Central, sendo designado Pe. José Maria Moreira para substituí-lo. Este último permaneceu à frente dos trabalhos religiosos da Capela até 1991. Após essa data, foram convocados Pe. Geraldo Magela da Silva e Pe. Marcelo do Carmo Ferreira.
Durante toda a permanência de ambos, as atividades propostas foram efetivadas e contaram com maior fluxo de participantes. Nessa época, a Capela passou à categoria de Paróquia, uma iniciativa do capelães, podendo ser desenvolvido junto à comunidade todas as atividades que compõem um trabalho pastoral paroquial.
Em 1993, com a sobrecarga de trabalho e designação dos padres para outras paróquias, Pe. Marcelo e Pe. Geraldo foram obrigados a abandonar os trabalhos da Capela. Para substituí-los, foi designado Pe. Elias Floriano dos Santos, vigário da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Alto Vera Cruz, que permanece como capelão até a presente data.
Em 1994, a Capela passou por uma reformulação, sendo totalmente reformada e ampliada para a sua reinauguração. O então bispo Dom Serafim celebrou a Páscoa do Mercado com grande festa. Ao longo de todo esse tempo, a Capela contou com o trabalho de voluntários, amigos, comerciantes e associados, que levaram adiante o movimento religioso iniciado em 1954. O horário da missa foi transferido para 7 horas, abrindo assim, oportunidade de participação dos moradores da região vizinha ao Mercado.
[editar] Críticas
Dentre as diversas seções do Mercado, a de comercialização de animais tem levantado polêmica. Entidades ambientalistas têm denunciado a forma inadequada e os animais têm sido tratados no Mercado Central. De acordo com dados levantados pela entidades o local tem "Gaiolas super lotadas e extremamente pequenas. Todas amontoadas em grandes pilhas; onde animais doentes ou até mortos dividem o mesmo espaço com outros; peixes mantidos em copos descartáveis, sem o mínimo espaço de movimentação. Diversas espécies presas, que vêem, de dentro das gaiolas, o sol de longe através de pequenas janelas..." Algumas entidades se especializam em denunciar os maus-tratos, outras opõem-se a animais usados como propriedade, seguindo idéias do Advogado Estadunidense Gary Francione. A denúncia foi feita também com fotografias publicadas no Centro de Mídia Independente. Em Setembro de 2006, entidades lançaram uma campanha "A Vida não se Compra" com placas de outdoor em diversos pontos de Belo Horizonte, com intuito de denunciar a situação dos animais no mercado. Abaladas por uma notificação extra-judicial as empresas de mídia exterior que cederam o espaço para as entidades, retiraram as placas de Belo Horizonte ainda nos primeiros dias de exposição.