Manuel Gonçalves Cerejeira
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Dom Manuel Gonçalves Cerejeira (Lousado, Vila Nova de Famalicão, 29 de Novembro de 1888 - Lisboa, 2 de Agosto de 1977), foi o décimo-quarto Patriarca de Lisboa (nomeado em 18 de Novembro de 1929). Antes disso, fora eleito arcebispo de Mitilene em 1928, e elevado ao cardinalato em 16 de Dezembro de 1929, pelo Papa Pio XI, com o título de São Marcelino e São Pedro.
Foi o Patriarca que dirigiu a Igreja Católica Portuguesa durante o Estado Novo; íntimo de Salazar (conheceram-se no Centro Académico da Democracia Cristã e moraram juntos cerca de 11 anos), procurou salvaguardar e restaurar os privilégios que o Catolicismo perdera durante o regime republicano (I República). Como tal, e a fim de apaziguar as tensas relações entre o Estado e a Igreja, foi um dos principais concorrentes e apoiantes para a assinatura da Concordata com a Santa Sé em 1940 (Concordata entre a Santa Sé e Portugal, em 1940).
Era apoiante do Estado Novo, logo toda a hierarquia da Igreja Portugesa também era apoiante do regime (mesmo assim também existem alguns membros do clero que opõe ao regime, nomeadamente o Padre Alberto Neto).
Participou nos conclaves que elegeram Pio XII (1939), João XXIII (1958) e Paulo VI (1963), bem como no Concílio Vaticano II (1962-1965).
Outro importante dado do governo deste Patriarca foi a criação da Universidade Católica Portuguesa.
Resignou ao governo do Patriarcado em 10 de Maio de 1971, sendo substituído por D. António Ribeiro.
Precedido por: D. António Mendes Bello |
15.º Cardeal-Patriarca de Lisboa 1929-1971 |
Sucedido por: D. António Ribeiro |
Precedido por: --- |
Ordinário Castrense 1966-1971 |
Sucedido por: D. António Ribeiro |