Luísa do Reino Unido
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A Princesa Louise, duquesa de Argyll, nascida Louise Caroline Alberta (em português, Luísa Carolina Alberta) (18 de Março de 1848 — 3 de Dezembro de 1939), foi um membro da Família Real Britânica, a sexta criança e quarta filha da Rainha Vitória. Ela serviu como Consorte Vice-Real do Canadá (esposa do Governador Geral do Canadá), quando seu marido, o marquês de Lorne, assumiu o cargo.
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[editar] Infância
A Princesa Louise nasceu no Palácio de Buckingham, Londres. Era filha da Rainha Vitória do Reino Unido, neta de Jorge III do Reino Unido, por meio de seu filho, o príncipe Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn, e do príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota. Foi baptizada na Capela Privada do Palácio de Buckingham pelo então arcebispo de Cantuária, John Bird Sumner, em 13 de Maio de 1848. Seus padrinhos foram o duque Gustav de Mecklenburg-Schwerin, a duquesa de Saxe-Meiningen e a grã-duquesa herdeira de Mecklenburg-Strelitz.
Louise foi educada por uma governanta no Castelo de Windsor e, aos 20 anos, freqüentou a Escola Prática de Arte Nacional de Kensington.
[editar] Casamento
A Rainha sempre quis que Louise se casasse com um homem apropriado – um príncipe. A então Princesa de Gales (depois Rainha Alexandra) tinha sugerido seu próprio irmão, Frederico, príncipe herdeiro da Dinamarca, como possível candidato. Mas a Rainha, tendo em vista o conflito entre a Dinamarca e a Prússia, não aceitou. A irmã mais velha de Louise, Vitória, Princesa Real, propôs como candidato o primo de seu marido, Príncipe Alberto da Prússia. No entanto, ele ficou relutante ao saber que deveria se instalar na Inglaterra, como requerido. A Rainha então propôs que Louise se casasse com um nobre britânico. Eduardo VII do Reino Unido, então Príncipe de Gales, desaprovou totalmente esta idéia.
Finalmente um candidato foi escolhido. Louise se casaria com Lord John George Edward Henry Douglas Sutherland Campbell, marquês de Lorne e herdeiro ao título de 9° Duque de Argyll. O marquês era então membro do Parlamento. Eles se casaram em 21 de Março de 1871, na Capela de S. Jorge, no Castelo de Windsor.
[editar] Canadá
Em 1878, foi oferecido ao marquês o cargo de Governador Geral do Canadá. Em 14 de Novembro de 1878, Lord Lorne e a Princesa Louise partiram do Porto de Liverpool para o Canadá. A princesa tornou-se popular no país e visitou também os Estados Unidos.
A princesa Louise era uma consumada escritora, escultora e artista. Ela pintava bem tanto a óleo como a aquarela. A princesa deu o nome de "Regina" à capital dos Territórios Noroeste – um território canadense que foi dividido em dois estados, Alberta e Saskatchewan, em 1905. O distrito de Alberta, cuja capital é Edmonton, e o famoso Lago Louise foram baptizados em sua honra. Durante a epidemia de escarlatina, a princesa auxiliou inúmeros doentes.
Em 14 de Fevereiro de 1880, Louise feriu-se gravemente quando o trenó da vice-real virou nas ruas de Otava, Ontário, e, apesar de já recuperada, regressou a Inglaterra, deixando Lord Lorne responsável por todos os deveres de Governador por mais dois anos.
[editar] Duquesa de Argyll
Em 4 de Abril de 1900, o 8° Duque de Argyll, sogro da princesa Louise, morreu, e o marquês de Lorne tornou-se o 9° Duque de Argyll. Louise foi conseqüentemente entitulada Duquesa de Argyll.
Em 1914, o duque morreu de pneumonia. A princesa então passou, durante todo o período da Primeira Guerra Mundial, a visitar unidades da Armada Canadiana que vinham lutar em França. Em 3 de Dezembro de 1939, nos princípios da Segunda Guerra Mundial, já aos 91 anos, a princesa Louise morreu no Palácio de Kensington. Como seu último desejo, seu corpo fora cremado no Mausoléu de Golders Green, ao norte de Londres, e suas cinzas foram depositadas no Cemitério Real de Frogmore.
Os duques de Argyll não tiveram filhos. Acredita-se que a princesa era estéril devido aos problemas com meningite durante a adolescência. Em várias biografias, o duque é considerado homosexual. Ele preferia a companhia de homens à companhia da esposa. Também ambos estiveram separados durante longos períodos de tempo, por razões de temperamento.