Jorge Ben Jor
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Jorge Duílio Lima Meneses, conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942) é um músico popular brasileiro.
Seu estilo característico inclui o samba, funk, rock, pop, maracatu, bossa nova, rap e samba-rock com letras que misturam humor e sátira. Inclui muitas vezes temas esotéricos nas suas canções.
Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja, mas queria ser jogador de futebol, chegando a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates.
E foi em uma dessas boates que a carreira começou: em 1963, ele subiu no palco e cantou "Mas que Nada" para uma pequena platéia, que incluía um executivo da gravadora Philips. Uma semana depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Ben. Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. Suas primeiras apresentações públicas ocorreram em festinhas dadas por amigos, regadas por bossa nova e rock 'n' roll. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador. A canção acima mencionada, Mas que Nada, foi seu primeiro grande sucesso no Brasil, e também a música em língua portuguesa mais executada nos Estados Unidos até hoje. A música chegou ao ponto de ser cantada por jazzistas de renome, tais como Ella Fitzgerald, Dizzie Gilespie ou Al Jarreau. Segundo sua própria opinião, as composições que mais representam seu estilo musical foi a música em pauta, além da de nome “Zé Pretinho”.
A virada aconteceria no ano de 1968, quando foi convidado para o programa "Divino, Maravilhoso" que Caetano Veloso e Gilberto Gil faziam na Tupi. Nessa época, surgiram algumas de suas maiores composições, como "Charles Anjo 45", "Que Pena" e "País Tropical".
Nos anos 70 lançou seus discos mais esotéricos e experimentais, principalmente os albuns "A Tábua de Esmeraldas" de 72, "Solta o Pavão" de 75 e "Africa Brasil" de 76, que não tiveram grande exito popular, sendo contemplados por uma minoria na época, mas tidos como clássicos nos dias de hoje.
No inicio da década, venceu o Festival Internacional da Canção da TV Globo, com a músiva Fio Maravilha, interpretada por Maria Alcina. Também fez sucesso com País Tropical, cantada por Wilson Simonal.
Em 1989, Jorge Ben mudou de gravadora e também de nome artístico, que foi modificado para Jorge Benjor (ou Jorge Ben Jor). Na época, disseram que o motivo foi a numerologia, (e segundo suas próprias palavras, “apenas uma sugestão de marketing”) mas, na verdade, a mudança aconteceu devido a problemas com direitos autorais. A partir dessa fase, sua música tornou-se mais pop, mas manteve o suingue.
Com 43 anos de carreira, em 2006, ainda não perde o pique em seus shows de aproximadamente 3 horas para platéias de 90% de jovens. Sua atração ocorrida em relação aos adolescentes foi iniciada em meados de 1990, com a canção “W/Brasil”, feita em homenagem ao músico, também brasileiro, Tim Maia. O artista é também muito apreciado pelo público europeu. Seu estilo de mix musical (ou mistura de vários estilos musicais) se prende à sua intenção de construir um som universal, que agrade a todos, inclusive aos europeus, no que foi bem sucedido. Segundo ele, “O clima das apresentações na Europa é ótimo... mas ser brasileiro é ser o povo mais feliz do mundo. Nasci no país mais bonito, tropical, vitorioso, que é viril, mas é amoroso.”
Jorge Ben Jor é sem dúvida uma importante personagem da história da música brasileira, mas mesmo assim continua com seu traço de simplicidade. Ele define-se como um “poeta urbano e suburbano”. Não tem vícios como a bebida e o cigarro, pratica golfe a anda de bicicleta. Ele tem o hábito de dormir entre as sete da manhã e as quatro da tarde, preferindo compor à noite, quando se sente mais inspirado. Costuma apresentar-se sempre com roupa branca, por uma questão de gosto, e não de superstição.
Índice |
[editar] Canções mais famosas
- Mas que Nada;
- Charles Anjo 45;
- Que Pena;
- País Tropical;
- Fio Maravilha;
- Taj Mahal.
[editar] Discografia
- Reactivus amor est - Turba Philosophorum (2004)
- Acústico MTV - Admiral Jorge V (2002)
- Acústico MTV - Banda do Zé Pretinho (2002)
- Músicas para tocar em elevador (1997)
- Homo Sapiens (1995)
- Ben Jor world dance (1995)
- 23 (1993)
- Live in Rio (1992)
- Ben Jor (1989)
- Ben Brasil (1986)
- Sonsual (1985)
- Dádiva (1984)
- Bem-vinda amizade (1981)
- Alô, alô, como vai (1980)
- Salve simpatia (1979)
- A banda do Zé Pretinho (1978)
- Tropical (1977)
- África Brasil (1976)
- Jorge Ben à L'Olympia (1975)
- Solta o pavão (1975)
- Gil Jorge (1975)
- 10 anos depois (1973)
- A tábua de esmeralda (1972)
- Ben (1972)
- Negro é lindo (1971)
- Força bruta (1970)
- Jorge Ben (1969)
- O bidú - silêncio no Brooklin (1967)
- Big Ben (1965)
- Ben é samba bom (1964)
- Sacundin Ben samba (1964)
- Samba esquema novo (1963)
[editar] Ligações externas
[editar] Referências
- Gazeta Mercantil, caderno Fim de Semana, Perfil, “Poeta da simpatia e da energia”, 11 e 12.02.2006, pág. 5;