Guerra Civil na Colômbia
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O conflito colombiano, um dos mais antigos da América Latina, deriva da disputa pelo poder entre conservadores e liberais e dura desde 1964.
Sob a liderança de Manuel Marulanda, o tirofijo, ex-combatentes liberais fundam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, popularmente conhecida como FARC-EP nos anos 60 para lutar pela criação de um estado marxista. Outros grupos de esquerda - como o guevarista Exército de Libertação Nacional (ELN) - e milícias de extrema direita entram no conflito. A partir dos anos 80, a Guerra Cívil ganha um novo protagonista: o tráfico de drogas. A FARC-EP e o ELN financiam a luta armada à custa dos serviços de proteção vendidos aos traficantes e do seqüestro de civis. Cerca de 3 mil resgates são pagos anualmente à guerrilha. A violência já matou cerca de 30 mil pessoas desde os anos 60 e tem forçado maciços deslocamentos internos.
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[editar] Surgimento
Em 1964, os estadunidenses pressionaram o Exército Colombiano para eliminar um grupo rebelde, formado por pequenos proprietários rurais, influenciados pelo sucesso de Fidel Castro em Sierra Maestra. Resultado: os rebeldes reagiram e o pequeno sitiante Manuel Marulanda Vélez, apelidado Tirofijo, criou as o embriam da FARC-EP, que depois recebe auxilio do, há época, Partido Comunista da Colômbia. No ano seguinte surge o ELN.
Em 1968 foi aprovada uma lei que da liberdade para formação de milícias paramilitares para enfrentar os guerilheiros. Dali surgem as milícias de direita no combate. Com o tempo e já com a lei revogada, os diversos grupos de paramilitares juntaram-se e fundaram, em 1997, as Autodefensas Unidas de Colombia (AUC), sob o comando de Carlos Castaño e do ítalo-colombiano Salvatore Mancuso.
[editar] Iniciativas de paz
A pacificação das guerrilhas é uma promessa eleitoral do presidente Andrés Pastrana. Assim que assume o poder, em 1998, ele retira o Exército de uma área de 42 mil km², entregando-a às FARC-EP, como condição para a abertura de conversações, ocorrida em janeiro de 1999. Desde então, o diálogo é suspenso e retomado em várias ocasiões, mas um acordo de cessar-fogo fracassa em julho de 2000. As FARC-EP reclamam da falta de ação do governo para conter os paramilitares direitistas das (AUC), que praticam massacres em áreas controladas pela guerrilha.
Já os líderes do ELN se reúnem com representantes do governo em Genebra, em julho de 2000. Negociações anteriores, abertas em 1999, são abandonadas pelo ELN diante da recusa do governo em desmilitarizar uma área de 8 mil km². Em 2000, a liberação, por parte dos EUA, de U$S 1,3 bilhão de em ajuda financeira para os programas anti-droga da Colômbia (Parte do Plano Colômbia) aumenta o temor da guerrilha de uma intervenção armada no país.
[editar] Grupos Armados
[editar] Guerrilhas marxistas
[editar] Paramilitares de direita
Autodefesas Unidas da Colômbia - AUC