Francisco Franco
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- Nota: Esta página é sobre o ditador espanhol. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte Francisco Franco de Sousa.
Presidente do governo da Espanha | |
Mandato: | 1939 a 1973 |
Precedido por: | Juan Negrín |
Sucedido por: | Luis Carrero Blanco |
Data de nascimento: | 4 de dezembro de 1892 |
Local de nascimento: | Ferrol |
Data da morte: | 20 de novembro de 1975 |
Local da morte: | Madrid |
Francisco Franco Bahamonde (Ferrol, 4 de dezembro de 1892 — Madrid, 20 de novembro de 1975) foi um militar e ditador espanhol. Foi o Chefe de Estado de seu país em regime autoritário de 1939 a 1975.
Nascido Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde Salgado Pardo de Andrade na cidade galega de Ferrol, estudou na Academia de Infantaria de Toledo e, entre 1912 e 1917, distingue-se nas campanhas bélicas do Marrocos espanhol. Após uma estada de três anos em Oviedo, volta ao Marrocos, onde combate às ordens de Valenzuela e de Millán Astray, destacando-se pelo seu valor e frieza no combate. Em 1923, apadrinhado por Afonso XIII, casa-se com Carmen Polo, de uma família da burguesia das Astúrias.
Destinado novamente a Marrocos com o grau de tenente-coronel, assume o comando da Legião em 1923 e participa activamente no desembarque de Alhucemas e na reconquista do Protectorado (1925). Aos 34 anos alcança o grau de general de brigada. É, com Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirige a Academia Militar de Saragoça.
Quando da implantação da República (1931) é afastado de cargos de responsabilidade (é destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares). O triunfo das forças de direita em 1933 fá-lo regressar a altos cargos do exército. Planifica a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando Gil Robles ocupa o Ministério da Guerra, é nomeado chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o governo da Frente Popular nomeia-o comandante militar das Canárias. Dali mantém contacto com Mola e Sanjurjo, que preparam o levantamento militar.
Em 17 de Julho voa das Canárias até Marrocos, revolta a guarnição e torna-se comandante das tropas. Cruza o Estreito de Gibraltar com meios precários (aviões cedidos por Mussolini e Hitler e navios de pouca tonelagem) e avança até Madrid por Mérida, Badajoz e Talavera de la Reina. Apodera-se rapidamente da direcção militar e política da guerra (Setembro de 1936). Em Abril de 1937 une os partidos de direita e coloca-se à frente da nova organização como «caudillo». Em Janeiro de 1938 converte-se em chefe de Estado e do governo. Anos mais tarde diz que apenas presta contas da sua actividade «perante Deus e perante a história». Ao que parece, está convencido de ser o homem escolhido pela divina providência para reger os destinos de Espanha.
Terminada a guerra civil empreende a reconstrução do país. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos se prolongam durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo que recebe o nome de franquismo. Apesar das suas estreitas relações com a Alemanha e a Itália, mantém a neutralidade espanhola durante a Segunda Guerra Mundial. Terminada esta, os vencedores isolam o regime franquista. Contudo, este vai-se consolidando na base da promulgação de novas leis: criação das Cortes (1942), Jurisdição dos Espanhóis (1945), lei do referendo nacional (1945), lei da sucessão na chefia do Estado (1947) etc.
Em 1953 iniciam-se as relações diplomáticas com os Estados Unidos da América e, em 1955, o regime de Franco é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Em 1966 cria uma nova Constituição (Lei Orgânica do Estado) e três anos mais tarde apresenta às Cortes, como sucessor a título de rei, o príncipe Juan Carlos, neto de Afonso XIII. Em Junho de 1973 cede a presidência do governo ao seu mais directo colaborador, Luís Carrero Blanco. A morte deste num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre após longa doença num hospital de Madrid.
Precedido por: Manuel Azaña Díaz |
Chefe de Estado da Espanha 1939 - 1975 |
Sucedido por: Juan Carlos I da Espanha |
Precedido por: Juan Negrín López |
Presidente do governo da Espanha 1939 - 1973 |
Sucedido por: Luis Carrero Blanco |
Índice |
[editar] Cronologia sumária
[editar] Bibliografia
A pior biografia de Franco é possivelmente a de Paul Preston (1994, rev. em 2004), Franco Caudillo de España, Debolsillo, Barcelona.