Fonoaudiologia

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A fonoaudiologia (terapia da fala, em Portugal) é a ciência que tem como objeto de estudo a linguagem. Não apenas os distúrbios ("doenças)" da linguagem é fruto de interesse da fonoaudiologia, como também o modo de comunicação sadio e eficaz.

O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, incluindo o Programa de Saúde da Família, unidades básicas de saúde, hospitais, emissoras de rádio e televisão, teatro, home care, empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, entre outros. alem disto também trabalha com disturbios na alimentação, como disfagia e outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de voz. Essa ciência se volta especificamente para a Psicologia, a Lingüística, a Medicina e a Física Acústica. Ela aborda os distúrbios da fala, da voz, da audição e da linguagem: no caso, trata-se de problemas de saúde, tais como, gagueira, dislexia (dificuldades em leituras), afasia (dificuldades de compreensão), rouquidão etc. As quatro maiores áreas abordadas pela fonoaudiologia são, portanto: voz, audição, linguagem e motricidade oral.

[editar] Curso de fonoaudiologia lingüística

Um curso desta natureza proporciona a estudantes várias vantagens, tais como:

a) Uma boa dicção, que consiste no uso apropriado da voz (articulação e modulação) ao conversar.

a.1) Articulação: a articulação cuida de detalhes sobre pronúncia em geral, no tocante a como usar os lábios corretamente durante as emissões de sons (normais ou implosivos, se se deve fazer bico ou não - etc). De um idioma para outro, podem variar a intensidade dos bicos em relação a vogais, como também o fato de uma determinada consoante ser ou não implosiva. O chamado sotaque consiste exatamente no fato de um indivíduo usar a articulação e a modulação do seu idioma materno em um idioma estrangeiro. Portanto, quando se faz um curso de fonoaudiologia referente a um segundo idioma (inglês, por exemplo), um não-falador nato dessa língua poderá reduzir significativamente, ou mesmo eliminar o seu sotaque de estrangeiro nesse segundo idioma. E isto faz com que o estrangeiro tenha uma voz mais clara, e seja plenamente compreendido pelos faladores natos. A esse respeito, sabe-se que faladores naturais têm dificuldade para entender tudo o que fala uma pessoa com um sotaque de estrangeiro carregadíssimo, em especial quando tal pessoa fala muito rapidamente;

a.2) Modulação: consiste na produção adequada dos sons das palavras no tocante às suas alturas ou intensidade. Assim, deve-se saber quando quando altear ou baixar a voz em uma frase (i.e., entonação); quando vibrar ou não as cordas vocais em articulações de sons consonantais; diferenciação da tonicidade das sílabas das palavras, ou seja, da diminuição gradativa da altura da emissão dos seus sons em três graus (sílabas tônicas, subtônicas ou átonas). Também leva-se em conta aqui a intensidade dos sons das vogais, isto é, quais vogais são pronunciadas de forma mais rápida ou demorada, sendo que, neste particular, assumem grande importância, no caso da língua inglesa, os chamados “glides”. Ainda no tocante a entonação, aprende-se a evitar a chamada “voz monótona” ao falar, isto é, a manutenção de um mesmo tom baixo (sem altear ou baixar), conhecida como entonação invariável (ou “flat”, em inglês). Igualmente, elimina-se a entonação do tipo “cantada”, quando o falar assume às vezes um aspecto melodioso;

b) Uma maior velocidade para conversar, nos casos de pessoas que falam de forma demasiadamente lenta, principalmente ao se expressar em um segundo idioma;

c) Enfim, a fonoaudiologia proporciona maior fluência na fala humana, e facilita, assim, o processo de comunicação entre as pessoas;

O aprendizado se desenvolve via conversações com o fonoaudiólogo, como também através de leituras de textos ou frases soltas, dos tipos normais ou muitas vezes criadas de forma a treinar determinados aspectos da fala. Gradualmente, aperfeiçoa-se aspectos de técnicas de leitura em geral (articulação, modulação etc), pratica-se as pronúncias de cada vogal e cada consoante do alfabeto. Durante leituras, fica mais fácil para o professor fazer comentários sobre as deficiências do aluno;

Vale salientar, no entanto, que em geral o curso em pauta se prende mais ao lado prático do aprendizado, dispensando-se nomenclaturas lingüísticas. Na prática, o aluno acaba aprendendo, sem ter de dominar necessariamente os termos técnicos pertinentes.