Esquizoanálise
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O termo esquizoanálise vem do germânico skhízein (esquizo) que significa fender, dividido, dual, dualidade, e análise, que significa a divisão do todo em partes, exame de cada parte de um todo, processo filosófico por meio do qual se sobe dos efeitos às causas, do particular ao geral, do simples ao composto.
- A esquizoanálise preocupa-se com os indivíduos, os grupos e as instituições, na sua composição com o mundo.
A cada momento, o ser humano é atravessado por forças externas, que se encontram no campo sócio-cultural, as quais promovem encontros que ora cristalizam o sujeito nos seus valores, tornando-o um ser mecânico e repetitivo, ora os faz produzir e viver de forma criativa e potente na relação com a vida.
Esquizoanálise
Criada por Gilles Deleuze e Felix Guattari, a Esquizoanálise é uma concepção da realidade em todas suas superfícies, processos e entes, e também nas suas individuações inventivas como acontecimentos-devires. Para esta concepção, a produção e o desejo revolucionários são imanentes entre si e produtores de toda a realidade. Consiste em uma ampla leitura da realidade, tanto natural, quanto social, subjetiva e industrial-tecnológica, assim como de uma realidade “outra”, pluripotencial e imperceptível. Essa abordagem propõe uma série de dispositivos e de procedimentos para a transformação do mundo e trabalha com todas as agrupações e práticas humanas inventivas e mutativas. Entre seus principais seguidores pode-se mencionar: Antonio Negri, Ana Isabel Crespo e o Grupo Chimeres na Europa; Michel Hard, nos EEUU; N. Aragon, Luis Orlandi, Osvaldo Saidon, Alfonso Lans, Gregorio Kazi, J. Bichuetti, Fátima de Oliveira, Neusa Henriquez, Patricia Ayer, Sueli Ronik, Peter Pal Pelbart, E.Pavlovsky. H Kesselman, Gregorio Baremblitt, Margarete Amorim.
· Esquizodrama
Baseado na Esquizoanálise de G. Deleuze e F. Guattari, assim como em contribuições científicas, filosóficas, políticas e artísticas de diversos autores, especialmente de Antonin Artaud, o Esquizodrama foi criado por Gregorio F. Baremblitt e colaboradores já faz quarenta anos, de acordo com um paradigma Etico-Político-Estético-Tecnológico. Trata-se de um procedimento que pode ser utilizado em todo tipo de organização, estabelecimentos, grupos e também com indivíduos, com finalidades terapêuticas, pedagógicas e organizativas, consubstanciadas em um propósito inventivo. Aos dispositivos com os que a Esquizodrama trabalha se lhes denomina Klínicas, por referência a Klinamen, palavra grega que significa desvio e invenção.