Destacamento de Acções Especiais
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O Destacamento de Acções Especiais (DAE) da Marinha Portuguesa é uma força de elite criada em 1985 e vocacionada para a realização de operações especiais em ambiente marítimo ou costeiro, pelos interesses de Portugal. O DAE depende directamente do Comando do Corpo de Fuzileiros sendo os seus militares recrutados de entre os membros daquele corpo. O DAE caracteriza-se pelo seu elevado nível de secretismo em relação às suas actuações, organização interna e elementos constituintes.
[editar] Acções
A actividade do DAE é altamente confidencial. A unidade está preparada para a realização de operações de resgate, incursões em território hostil, reconhecimento, sabotagem e outras. Sabe-se que tem participado em operações anti-droga e anti-terrorismo em alto mar. Existem também rumores da sua participação em operações clandestinas no interior de países estrangeiros.
A sua acção mais conhecida foi a participação na força naval e anfíbia portuguesa que procedeu à protecção e evacuação de cidadãos estrangeiros durante os confrontos civis na Guiné-Bissau em 1998. Posteriormente o DAE assegurou a segurança dos diplomatas portugueses que se deslocaram ao interior daquele país para procederem à mediação do conflito entre as forças governamentais e revoltosas. Mais recentemente (2006), o DAE participou na missão da EUROFOR RD Congo (Força Militar da União Europeia), onde esteve integrado na Componente de Operações Especiais composta, além do DAE, por Unidades de Operações Especiais da Suécia e da França, onde esteve envolvida em várias acções militares na RD do Congo.
[editar] Pessoal
Os membros do DAE são recrutados de entre os militares do fuzileiros navais portugueses, sendo por isso uma elite dentro de outra elite. É realizada uma selecção altamente exigente onde apenas são aprovados os mais capazes físicamente e psicologicamente. Pelo nível dessa exigência o DAE só conta com algumas dezenas de elementos.
Depois de seleccionados, os militares do DAE, recebem formação em áreas tão variadas como: mergulho, natação em combate, explosivos, vários tipos de armas, rappel, fast-rope, pára-quedismo, escalada, artes marciais, primeiros-socorros e outras técnicas de combate.
[editar] Equipamento
Além do armamento normal usado pelos fuzileiros portugueses, o DAE tem ao seu dispor armamento ligeiro sofisticado, nomeadamente:
- Pistola Glock 17 cal. 9x19mm;
- Pistola-Metralhadora MP5A3 e MP5SD cal. 9x19mm;
- Carabina M16A2 cal. 5,56x45mm, com lança-granadas M203 cal. 40mm;
- Espingarda-Automática HK G36 KV cal. 5,56x45mm;
- Metralhadora Ligeira MG4 cal. 5,56x45mm;
- Espingarda de Precisão Accuracy de 12,7x88mm;
- Espingarda de Precisão Accuracy cal. .338";
- Espingarda Mauser M86SD cal. 7,62x51mm;
- Espingarda de Precisão HK MSG90 cal. 7,62x51mm.