Chico Salles
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Chico Salles é um cordelista, compositor e cantor de forró paraíbano.
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[editar] Biografia
Chico Salles, natural de Sousa cidade do sertão da Paraíba, chegou ao Rio de Janeiro no início dos anos 70, trazendo na bagagem, alem dos seus 18 anos, as influências musicais da terra natal, principalmente de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. Suas primeiras composições nasceram inspiradas nos xotes, xaxados e baiões que alegravam as noites do sertão paraibano e eram ouvidos nos bailes e forrós da região. Em seguida foi misturando no mesmo caldeirão as raízes e as lições de mestres como Paulinho da Viola, Chico Buarque e Martinho da Vila - sua trilha musical dos tempos de universitário. Nos anos 80, já engenheiro civil, conheceu o trapalhão Mussum, que o levou aos mais tradicionais redutos do samba, como o Buraco Quente da Mangueira e o Pagode do Cacique de Ramos. O encontro com Mussum, seu vizinho, rendeu boas parcerias musicais. Juntos, fundaram o bloco Elas e Elas em 1985 em Jacarepaguá, compuseram músicas de carnaval e até um xote. Em suas andanças pelo mundo do samba, Chico Salles encontrou outros parceiros como Noca da Portela, Roberto Serrão e Beto Moura, com quem passou a participar de concursos de escolha de enredos de blocos de carnaval, como o Simpatia é Quase Amor, a Banda da Barra, o Barbas e a escola Unidos da Tijuca.
[editar] Primeiro disco
Até então, ainda não lhe passava pela cabeça subir num palco pra cantar. Isto mudou em 1997, quando começou a soltar a voz em público em canjas que logo se transformaram em shows, incentivado pelo maestro Anselmo Mazzoni. Daí nasceu seu primeiro disco, "Confissões", gravado ao vivo em 1999 e lançado em 2000, com produção de Alceu Maia. O sucesso repercutiu em shows no Bar do Tom, Vinícius Bar, Teatro Rival BR, Malagueta, Garden Hall e Mistura Fina no Rio de Janeiro, no Green Valley Club em Teresópolis e no Feitiço Mineiro em Brasília.
[editar] Segundo disco
Seu segundo disco, "Nordestino Carioca", saiu dois anos depois. Produzido pelo maestro Chiquinho Chagas foi também inspirado nos forrós de sua terra natal, embalados pelo som da sanfona, do triângulo e da zabumba. Com distribuição nas bancas de jornal do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, sua tiragem de 20 mil cópias logo se esgotou. O título é uma homenagem à Cidade Maravilhosa de um nordestino de nascença, mas carioca de coração, em parceria com Beto Moura, carioca de nascença e nordestino de coração.
[editar] Terceiro disco
Após ter sido indicado ao Prêmio TIM de Música Brasileira no ano passado, como melhor disco e melhor cantor, na categoria Regional, o paraibano Chico Salles relança seu terceiro disco, “Forrozando”, desta vez, pela gravadora Rob Digital. Com produção de José Milton, "Forrozando" traz o ritmo nordestino em seu estado mais puro e mescla canções de compositores tradicionais já falecidos com canções inéditas de autores pernambucanos em plena atividade. “Forrozando” tem participação de músicos do quilate de Adelson Viana (sanfona), João Lyra (viola, guitarra e também arranjos), Tony 7 Cordas (violão 7 cordas), Dirceu Leite (clarinete, pandeiro e flautin), Alceu Maia (cavaquinho), Durval Pereira (zabumba, pandeiro e agogô) e Mingo Araújo (triângulo, caxeta, ganzá, block, moringa, gonguê).
[editar] Cordel
No meio dos cordelistas, Chico Salles vem despontando como um grande poeta, tendo sido eleito recentimente como membro da Academia Brasileira de Literatuara de Cordel, e ocupará a cadeira de Catulo da Paixão Cearense, que será o seu Patrono. A cerimônia de posse será agendada para o ano de 2007, no Rio de Janeiro. Suas Principais publicações são:
- A saga do cordel em poesia.
- Matuto Apaixonado.
- Bala Perdida.
- O Barato da Barata.
- O Tigre que virou Doutor.
- O DNA do Indiano.
- A Peleja entre Bélio Bosta e Vilberto Vil.