Capinzal
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Capinzal é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 27º20'37" sul e a uma longitude 51º36'43" oeste, estando a uma altitude de 480 metros na área central, e chega a 780m nos bairros mais altos. Sua população estimada em 2004 era de 23.167 habitantes. Possui uma área de 334,9 km².
O acesso é feito a partir da rodovia BR-282 passando a SC-303. A linha férrea serve apenas ao transporte de carga.
Possui educação de qualidade, do ensino infantil à universidade e está ganhando uma escola de ensino técnico-profissionalizante. O atendimento público à saúde funciona 24 horas e o transporte coletivo urbano, operado diretamente pelo Município, é um dos mais baratos do Brasil.
Com sua economia baseada na indústria e na agropecuária, desenvolveu um comércio próspero e muito receptivo. Sua indústria e agropecuária são destaques nacionais e é sede de uma das maiores agroindústrias do país. O parque industrial metal-mecânico, em franco desenvolvimento, já faz de Capinzal referência nacional e o potencial do ramo madeireiro mostra-se presente, desde a colonização. Estas modernas indústrias canalizam sua produção para o mercado interno e para as exportações, gerando empregos, renda e desenvolvimento.
Situado no corredor turístico regional, Capinzal inclui em seu roteiro alguns monumentos ímpares, como a Igreja Matriz São Paulo Apóstolo, cartão postal da cidade, cuja abóbada é réplica da Basílica de São Pedro, no Vaticano e a Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza, construída em 1932, com vão livre central de 84,5m, sobre o Rio do Peixe, que liga ao município de Ouro.
O turismo de eventos é marcado pelo Aniversário do Município, em 17 de fevereiro, comemorado com bolo e seqüência de chester, em pedaços, que aumentam um metro a cada ano acompanhando a idade da cidade. A Noite Italiana é tradição de especialidades da culinária e dos bons vinhos especialmente selecionados. O Kerbfest, com comida típica, bailes e muita animação, é a valorização da cultura germânica. Mas é na Expovale, multi evento bi-anual, aberto a negócios, com feira da indústria, comércio e serviços, exposições agropecuárias, motocross, jeep tour, feira Off-Road, leilão de gado e shows, que são mostradas todas as suas potencialidades.
[editar] Origem do nome
A história nos conta que nos anos de 1840, Jusuino de Matos requereu as primeiras terras do Governo Imperial para ser colonizada a área. Estas terras chamavam-se Campo Bonito, que acabaram não sendo colonizadas e depois foram vendidas para outros colonizadores: João Ferreira da Silva, Barão de Antonina e Manoel Lopes de Abreu. Grande parte destas áreas hoje constitui-se a parte física e geográfica de Capinzal.
As terras capinzalenses, antes da ferrovia, se mantinham inexploradas e, apenas, serviam de passagens por caminhos e veredas aos homens do sertão, índios, tropeiros e os remanescentes das revoluções Farroupilha (1835-1845) e Federalista (1891-1894). No final do Século XIX, Capinzal não passava de uma extensa fazenda de propriedade de Antônio Lopes de Abreu. Este então, interessou-se em colonizar a área. O povoamento de Capinzal principiou pelos anos de 1890, com elementos lusos penetrando pelas margens do Rio do Peixe.
“Sabemos que, historicamente, os cursos dos rios além de atrair núcleos humanos as suas margens, podem servir como fator de desenvolvimento econômico e social quando vistos, por exemplo, como fonte de energia, como meio de locomoção e transporte, como meio potencial para a irrigação e também como forma de lazer”. Livro Capinzal, Fronteiras Socioeconômicas: Um diagnóstico municipal; Holga Maria Siviero Brancher.
No início do Século XX , a partir de 1906, descendentes de italianos, vindos do Rio Grande do Sul, passaram a ocupar áreas à margem do Rio do Peixe. Foram os primeiros moradores e colonizadores de Capinzal, dedicando-se à agricultura, pecuária e comércio. Foram eles: João Vachi, José Blasi, Antônio Freitas, Carmine Zoccoli, José Zoccoli, Paulo Lenzi, Bernardinho Macedo, Manoel Bitencourt, Vergílio de Moraes, Leandro Padilha, Francisco Miguel, Frederico Alves, Adelino Ferreira, José Maria, com suas famílias, respectivamente. No ano de 1910, Capinzal começou a desenvolver-se com a construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande do Sul – Inaugurada em 20/11/1910. Nesta época, Capinzal se chamava "Rio Capinzal" e pertencia ao Município de Campos Novos.
Pela Lei Municipal nº 206, de Campos Novos, de 18/11/1914, foi criado o Distrito de Rio Capinzal, constituindo-se no distrito mais antigo da margem esquerda do Rio do Peixe e o segundo da região. O povoado foi crescendo, vivendo de uma economia baseada na atividade agropastoril e pequenas indústrias que se foram instalando, entre essas: serrarias, frigoríficos, cerâmicas, fábricas de laminados e compensados, fabricas de caixas, fábricas de vinhos, destilaria de licores, fábricas de móveis, fundição de ferro e bronze, fábricas de cerveja, moinhos de trigo, milho, ervateiras...
Pela Lei 249, de 30/12/1948, Capinzal emancipou-se e perdeu a denominação do Rio e ficou apenas Capinzal. Em 17 de fevereiro de 1949 foi instalado como Município, sendo nomeado como primeiro prefeito, provisório, Antonio de Pádua Pereira.
A formação jurídica deu-se a Comarca de Capinzal, criada pela lei nº 1.171 de 10/12/54, tendo sido solenemente instalado em 04/06/56. Atualmente é Comarca de 2ª Instância, com jurisdição sobre os municípios de Ouro, Lacerdópolis, Piratuba, Ipira e a própria sede. O primeiro juiz titular da Comarca foi o Dr. Gervásio Nunes Pires e o seu primeiro Promotor Público Dr. Faitalo Coelho de Souza. “Resgatar e revisar o passado é tarefa para aqueles que acreditam no futuro; pois, nos exemplos e bases sólidas dos feitos progressistas, que se empreendem projetos que, verdadeiramente, frutificam” (Dr. Vitor Almeida).
Antonio Lopes foi a São Paulo levar gado, onde ofereceram sementes de capim, para plantar pastagens para os animais. Retornando lançou a semente na terra, às margens do Rio do Peixe e de outro rio sem denominação na época, o qual passou a ser chamado Rio Capinzal devido aos capins que ali foram semeados. Esses capins se adaptaram muito bem ao clima e a terra do local, vindo a multiplicar-se desenfreadamente, invadindo até as terras vizinhas, onde hoje se localiza o centro da cidade de Capinzal. Desta forma, pela imensa quantidade de capim existente nessa região, o povoado passou a se chamar Rio Capinzal.
[editar] Turismo
Desde a sua origem, Capinzal teve a economia baseada na agricultura, com destaque para a produção de grãos, aliada à criação de aves e suínos, o que acabou incrementando atividades nas áreas comercial e industrial. Por sua expressiva produção e estratégica localização geográfica, Capinzal sedia uma das maiores empresas especializadas na industrialização de carne de aves e de suínos do mundo: a Perdigão S/A. Com base no incentivo dessa indústria, o município tornou-se a Capital Brasileira do Chester; uma ave nobre cuja carne é consumida em todo o mundo. Outra atração da cidade é a visita à fazenda São Pedro. Localizada na Linha São Pedro, acesso Zortéa, distante 10km do centro da cidade, a fazenda possui uma área de 100ha e oferece trilhas ecológicas, contando com criação de gado leiteiro e de ovelhas, além de produzir milho, soja e queijo. Ali é possível conhecer o processo de inseminação artificial e o local onde se produz o queijo. Também são oferecidos passeios a cavalo e caminhadas ecológicas pelas trilhas. Numa delas existe uma fonte d’água que dá origem a um riacho. A água da fonte era utilizada em 1913 para fabricar cerveja.
Os destaques são vários: Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza, Cascata do Barro Preto, Caverna do Avaí, fazenda São Pedro e Igreja-Matriz.