Barão Geraldo
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- Nota: Se procura o nobre e proprietário brasileiro, consulte Geraldo Ribeiro de Sousa Resende.
Barão Geraldo é um dos quatro distritos pertencentes a cidade de Campinas, no estado de São Paulo.
Situado há doze quilometros da área central do município de Campinas, pela Rodovia General Milton Tavares de Souza (Tapetão), esse distrito é famoso por ser um centro tecnológico, sediando importantes instituições publicas e privadas, como a Unicamp, Puccamp, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS), além de importantes centros hospitalares como o Hospital das Clínicas e o Centro Boldrini, referência mundial no tratamento do câncer infantil.
No distrito, localiza-se o polo de alta tecnologia da cidade, formado pelas instituições de pesquisa acima citados, além de grandes indústrias ligadas ao ramo de alta tecnologia, como a HP e IBM (informática) e Lucent, Motorola e Siemens (telecomunicações).
O nome do distrito é uma homenagem a Geraldo Ribeiro de Sousa Resende, antigo barão do café que era proprietário de uma grande fazenda situada no local, antes urbanização.
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[editar] História
Na época da fundação de Campinas, em 1799, foram instalados, entre o Ribeirão Quilombo e a Estrada de Goiás (atual Rodovia Campinas Mogi Mirim) diversos engenhos de propriedade do Brigadeiro Luís António de Sousa Queirós, nas sesmarias obtidas por sua família.
Parte de uma destas sesmarias, que depois viria a ser conhecida como Fazenda Santa Genebra, foi adquirida em 1850 pela família do Marques de Valença, e posteriormente herdada por seu filho mais novo, Geraldo Ribeiro de Sousa Resende, que se instalou no local em 1876.
A fazenda, anteriormente destinada à cultura da cana, teve sua primeira plantação de café em 1852 e lá por 1900 já estava completamente transformada para este plantio.
Geraldo de Rezende, Barão a partir de 1889, casou-se com Maria Amélia, filha do conselheiro e desembargador Albino José Barbosa de Oliveira, proprietário de outra enorme gleba de terras, posteriormente conhecida como Fazenda Rio das Pedras. Ele alforriou os escravos e empregou em suas terras os primeiros imigrantes alemães, dando início à transição da escravidão para a mão de obra imigrante na região.
A inauguração, em 18 de setembro de 1899, da Estrada de Ferro Funilense, financiada pelo Barão Geraldo de Resende e construída para ligar Campinas ao Núcleo Colonial Campos Sales, atual Cosmópolis, foi um marco importante pois aí deu-se início ao núcleo fundador do bairro que ficou conhecido como Barão Geraldo. Ao lado da estação da Funilense foi construída a capela de Santa Isabel (onde hoje funciona a agência do Banco Banespa) e instalada uma “venda” para atender às famílias que trabalhavam nas fazendas. Algumas famílias de colonos instalaram-se em local então conhecido como Xadrez, onde é hoje a Vila Santa Isabel. Com o aumento populacional este local passou a ser chamado de Colônia do Xadrez.
A partir de 1900 começa a transformação do status dos lavradores de meeiros ou parceiros para o de pequenos proprietários, e da monocultura de café para a policultura e o fortalecimento do pequeno comércio.
O poder político passa para as mãos de lideranças como a de José Pedro de Oliveira, que em 1918 assume, com a esposa Jandyra, a Fazenda Santa Genebra. Ainda na década de 1920, Albino José Barbosa de Oliveira assume a Fazenda Rio das Pedras.
O início da urbanização data da década de 1940 com a instalação da Rhodia na Fazenda São Francisco e o loteamento do sítio de Agostino Pattaro. A industrialização leva a novos loteamentos e o casamento entre os moradores antigos, lavradores, e os novos, de vocação urbano-industrial.
Em 30 de setembro de 1953, graças ao trabalho da Comissão Representativa de Cidadãos, Barão Geraldo é elevado à categoria de Distrito, através de decreto-lei assinado pelo governador Lucas Nogueira Garcez.
A partir de 1966, com a inauguração da UNICAMP, ocorre um intenso processo de parcelamento de solo para fins urbanos e uma grande diversificação dos moradores de Barão. No mesmo ano dá entrada na Assembléia Legislativa o primeiro pedido oficial de emancipação. Outros vinte pedidos semelhantes apareceriam.
Hoje, com cerca de 67 quilômetros quadrados de área, o distrito reúne pequenas hortas e chácaras, grandes propriedades com cultura de açúcar, a maior mata em zona urbana de Campinas (Mata Santa Genebra), grandes centros tecnológicos, universidades, hospitais e uma imagem de periferia nobre, onde ainda se encontra o sossego e a proximidade com a natureza, tão ambicionada nas grandes cidades.
[editar] Bairros
Esse distrito conta com uma subprefeitura para auxiliar na administraçao dos 19 bairros que o compõe. São eles:
- Bosque Palmeiras
- Bosque de Barão
- Cidade Universitária I
- Cidade Universitária II
- Guará
- Jardim América
- Jardim do Sol
- Jardim Independência
- Novo Parque Real
- Real Parque
- Residencial Burato
- São Gonçalo
- Solar de Campinas
- Terra Nova
- Vale das Garças
- Village
- Vila Holândia
- Vila Santa Isabel
- Vila São João
Por ser reduto de estudantes universitários, alguns de seus bairros possuem população flutuante, sendo possível notar-se a queda no movimento durante as férias.