Aguieira
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Concelho | Nelas |
Área | 5,49 km² |
População | 620 hab. (2001) |
Densidade | 112,9 hab./km² |
Orago | S. Simão |
Código postal | 3525 Aguieira |
Endereço de correio electrónico |
jfaguieira@mail.telepac.pt |
Freguesias de Portugal |
Aguieira é uma freguesia portuguesa do concelho de Nelas, com 5,49 km² de área e 620 habitantes (2001). Densidade: 112,9 hab/km².
[editar] Património
- Antiga Casa da Câmara
- Pelourinho da Aguieira
- Solar da Família Sacadura Botte
Aguieira é uma freguesia com cerca de 715 habitantes, distribuídos por uma área de 56 hectares. É o único aglomerado da freguesia do mesmo nome, fica situada a oeste da sede do concelho e tem como freguesias limítrofes Moreira, a norte, Canas de Senhorim, a sul, Carvalhal Redondo, a nascente, e Beijós pertencente ao concelho de Carregal do Sal, a poente. Ocupa o 8º lugar em termos de dimensão demográfica e está classificado como de 2ª ordem em termos de hierarquia dos aglomerados urbanos do município. Aguieira dispõe da totalidade das infra-estruturas urbanas, de bons acessos e apresenta um desenvolvimento urbano considerável.
História Denominada outrora por Vila Nova das Amoreiras (Villa Nuova no termo das Moreiras de Senhorim), Aguieira é sede de freguesia desde 4 de Outubro de 1985 e foi até 1834 sede de um pequeno concelho, constituído pelos lugares de Aguieira e Moreira de Baixo, cujos limites iam da Ribeira de Travassos, a sul, até ao Rio Dão, a norte, passando pelo Brejo e Lampaça, a oeste, e pela capela da Sra. do Viso e Igreja do Carvalhal Redondo, a este. No entanto, há quem afirme que os limites a sul iam pela estrada velha, limitando-se com o concelho de Oliveira do Conde no lugar de Póvoa de Entre-os-Ribeiros. Os aglomerados dispersavam-se por Aguieira, Braçal, Lampaça, Pisão, Travassos e Vale Chã estando todos eles situados no extremo oeste do território de Zurare. Com a divisão deste território, Moreira passa para o território de Senhorim e por sua vez ocorre em data incerta, talvez em 1258, a desanexação da Vila Nova das Amoreiras de Senhorim, tendo surgido no final do século XIV o nome “Agyeyra”, que deu origem ao actual.
A confirmação do nome Vila Nova das Amoreiras é feita no foral que lhe foi concedido pelo Rei D. Manuel I, a 6 de Maio de 1514, foral que estabeleceu a agregação de Moreira de Baixo ou de Jusã, a Aguieira. Segundo este, Aguieira pertencia à Comenda da Ordem de Cristo, denominada Comenda de Pinheiro e tinha como Presidente o Infante D. Henrique, cuja casa de caça aí se localizava e que posteriormente assumiu as funções de “Dommus Municipalis”.
A existência de povoados nesta freguesia remonta a muitos anos atrás, cuja prova reside nos vestígios e achados arqueológicos na freguesia, nomeadamente várias poussetes no Brejo, Favais e Outeiro Santo, dois núcleos de sílex no Monte da Cruzinha e nas matas do Brejo, a Orca de Travassos e as sepulturas antropomórficas situadas no sítio das Campas.
Com a reforma liberal de Mouzinho de Silveira é extinto o concelho de Aguieira em 1834 e integrado no concelho de Canas de Senhorim e mais tarde, em 1854, no actual concelho de Nelas.
Acessos à Rede Viária Aguieira tem como principais acessos e eixos estruturantes, que garantem a ligação desta freguesia aos principais itinerários e centros urbanos da região, a EM 642 que liga Aguieira a Carvalhal e a EM 642 – 1 que liga Aguieira à freguesia de Canas de Senhorim e ao Pisão. Os arruamentos internos do aglomerado convergem no Largo da Igreja com a EM 642 e a EM 642 – 1.
Festa A festa em honra de S. Simão, santo padroeiro, é a festa mais significativa para a freguesia e realiza-se no dia 28 de Outubro. Para além desta, realizam-se a festa de S. José, no 3º fim-de-semana de Março, a festa em honra de N.ª Sra. de Fátima no dia 13 de Maio e a festa em honra de N.ª Sra. da Conceição no dia 8 de Dezembro.
Património Existe na freguesia algum património que importa ressaltar. A Casa da família Sacadura Botte Corte Real, de traça caracteristicamente portuguesa, com seu torreão, em cujo campanário se lê a data de 1691, é uma casa senhorial do século XVII edificada no Largo Sacadura Botte e propriedade da família Sacadura Cabral. Do lado esquerdo da entrada principal do solar é visível uma pequena capela, entretanto restaurada, que servia os interesses da família tendo como padroeiro o Santo Onofre.
Seguindo a rua, é visível a Casa da Câmara, hoje em ruínas, que foi mandada edificar pelo Duque de Viseu, na qual é visível na parede principal um azulejo que diz “Praça do Município” e que funcionou na época como Paços do Concelho e como tribunal. À sua frente está o pelourinho, símbolo da Jurisdição Municipal, que do original apenas guarda alguns fragmentos recolhidos por populares e usados mais tarde, aquando da sua reconstrução por iniciativa do Dr. Nuno de Sacadura Botte Corte Real.
No largo da Igreja Matriz, lado esquerdo, é visível a Casa do Torreão uma construção do início XX, mas que nunca chegou a ser concluída. Á sua frente situa-se a Igreja Matriz de construção recente, denominada Igreja de S. Simão, desmoronada na década de 60 do séc. XX.
Actividades Económicas Hoje a agricultura continua a ter grande peso na actividade da freguesia, à produção familiar da batata e do milho, sobrepõe-se a produção do Vinho do Dão. Na freguesia existem serviços de serralharia, de construção civil e de mecânica de máquinas agrícolas, várias unidades de comércio diário e ocasional, que servem a população local.